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Archive for Abril, 2015

Lopetegui mudou os princípios do FC Porto e deu-se mal

Lopetegui mudou os princípios e deu-se mal

Agora, a frio, e lembrando-me do passado mais ou menos recente do FC Porto pergunto-me porque é que está enraizada no clube uma política de adulteração do seu sistema de jogo nas partidas europeias fora de casa que, regra geral, acaba por redundar em desastres como o ocorrido ontem no Allianz Arena, palco de um inesperado desaire azul-e-branco por 6-1

Podia falar da utilização do Costa, no miolo, no famigerado Manchester United 4-0 FC Porto dos quartos de final da Liga dos Campeões 1996/97, do Nuno André Coelho a trinco no Arsenal 5-0 FC Porto dos oitavos de final da Liga dos Campeões 2009/10 ou da inexplicável opção de colocar ontem o Diego Reyes a lateral-direito, mas, mais do que esses equívocos na escolha de certos jogadores, é preciso falar de atitude e de postura perante o adversário.

É inquestionável que o Bayern de Munique é muito mais forte do que o FC Porto, isto independentemente das inúmeras baixas de que padece, sendo sempre provável que acabasse por dar a volta ao texto, até porque um 3-1 caseiro, valha a verdade, está longe de ser um resultado assim tão fantástico como se tentou vender.

De qualquer maneira, é para mim inadmissível a forma como o FC Porto abordou a primeira parte desse jogo, excessivamente encolhido e acossado, quase como que a convidar os alemães a iniciar um verdadeiro “blitzkrieg” que só abrandou após a obtenção do quinto golo.

É certo que o clube azul-e-branco jamais poderia abordar o jogo de igual para igual, isto pela diferença de valores que existe, mas isso jamais poderia retirar aos dragões a tentativa de esticar o jogo sempre que possível, pressionar mais alto e de, acima de tudo, procurar contrariar essa superioridade germânica com as habituais armadilhas “à portuguesa” que tantos triunfos e alegrias ofereceram no passado.

Ao invés, o FC Porto colocou-se a jeito do massacre que veio a acontecer, ainda para mais diante de uma equipa muito poderosa e mecanizada, que, além disso, vinha ferida da derrota que havia sofrido no Dragão e de toda a repercussão internacional que a mesma trouxe.

Nesse seguimento, e em vésperas daquele que, neste momento, será ainda mais o seu jogo da época, será um FC Porto destroçado aquele que irá defrontar um Benfica naturalmente motivado pela consciência de que um simples empate na Luz lhe dará praticamente o título nacional.

De qualquer maneira, o Benfica não poderá cometer o erro de menosprezar o adversário e, acima de tudo, deverá continuar fiel aos seus princípios de jogo, nomeadamente aqueles que, na Luz, fazem com que os encarnados tenham perdido apenas dois pontos no campeonato nacional.

É que se falharem os níveis de concentração máxima e se as rotinas derem lugar às invenções pontuais, o Benfica poderá vir a perceber que, às vezes, um animal ferido é o mais perigoso, exactamente tal como sucedeu ontem com o seu arqui-rival.

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