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Archive for Maio, 2010

Esta é apenas a terceira participação da Austrália num campeonato do mundo, todavia, a evolução dos “cangurus” é impressionante. O percurso no Mundial 2006 foi brilhante e passou pela eliminação do Japão e da Croácia. Nessa competição, a equipa australiana apenas caiu nos oitavos de final aos pés da Itália (0-1) e o golo que lhes custou a eliminação só surgiu nos descontos, através de um penalti muito duvidoso. Agora, quatro anos mais tarde e beneficiando da mudança da Confederação da Oceania para a Confederação Asiática (situação que em muito melhorou a sua competitividade), os cangurus prentendem, pelo menos, fazer uma campanha igual à do campeonato do mundo anterior. Veremos se Gana, Sérvia e Alemanha estão pelos ajustes.

A Qualificação

Na 3ª Fase de apuramento, sabendo que se apuravam duas equipas, os australianos relaxaram um pouco e acabaram por terminar o agrupamento com duas derrotas. Mesmo assim, num grupo forte com Qatar, Iraque e China, terminaram no primeiro posto com os mesmos pontos do segundo classificado: Qatar.

No entanto, a participação na 4ª e última fase de apuramento foi impressionante. Diante de Japão, Bahrain, Qatar e Uzbequistão, os cangurus venceram seis jogos, empataram dois e não perderam nenhum, terminando na primeira posição com mais cinco pontos que a selecção nipónica.

Nesta campanha, destaque para a vitória caseira diante do Japão (2-1) e das duas vitórias diante da complicada selecção do Bahrain (1-0 e 2-0), que, lembre-se, eliminou a Arábia Saudita de José Peseiro.

Em suma, tratou-se de uma excelente caminhada que só poderia terminar com o apuramento australiano para o campeonato do mundo de futebol.

3ª Fase: Grupo 1 – Classificação

  1. Austrália 10 pts
  2. Qatar 10 pts
  3. Iraque 7 pts
  4. China 6 pts

4ª Fase: Grupo A – Classificação

  1. Austrália 20 pts
  2. Japão 15 pts 
  3. Bahrain 10 pts
  4. Qatar 6 pts
  5. Uzbequistão 4 pts

O que vale a selecção australiana?

Apesar da selecção australiana vir do outro lado do mundo, trata-se de uma equipa de perfil europeu, pois quase todos os seus jogadores actuam em clubes do velho continente. A equipa de Phil Verbeek, apesar de calculista e de privilegiar o colectivo, tem  também excelentes valores individuais como Kewell e Cahill e deverá disputar o segundo lugar do Grupo D com Gana e Sérvia.

Actuando em 4-4-2 clássico, a Austrália apresenta um esquema defensivo composto por um guarda-redes muito seguro (Schwarzer), dois laterais muito ofensivos (Chipperfield e Emerton) e, depois, no centro da defesa, um duo experiente: Moore e Lucas Neill, sendo que Rhys Williams, central do Middlesbrough, também é uma excelente opção.

No meio campo, Jason Culina é um médio defensivo que não se limita a destruir jogo, pois é muito bom no passe curto e combina muito bem com o box to box e grande estrela da equipa: Tim Cahill. Ao médio do Everton cabe a exigente tarefa de construção de jogo ofensivo dos “socceroos”, mas, também, de ajudar Culina nas tarefas defensivas. Depois, nas alas, encontramos Bresciano (à esquerda) e Wilkshire (à direita). Dois atletas que atacam bem, mas que também são seguros a defender, dando muita consistência táctica à equipa australiana.

Por fim, o ataque está entregue a Holman e Kewell. Nenhum deles é um ponta de lança puro, pois ambos são jogadores muito móveis que gostam de cair para as linhas e confundir as marcações. Apesar de nenhum ser um verdadeiro goleador, poderão criar muitos problemas às defesas contrárias, nomeadamente, Kewell, um jogador de grande qualidade técnica, fortíssimo no um contra um e que costuma ser letal na finalização. No caso de Phil Verbeek querer dar mais poder de fogo aos cangurus, basta retirar Holman, recuar um pouco Kewell e lançar, como ponta de lança fixo, o atacante do Nagoya: Kennedy.

Uma equipa muito homogénea e de boa qualidade que pode surpreender por terras sul-africanas.

O Onze Base

Temos muitas dúvidas se o seleccionador Verbeek vai optar por Holden ou Kennedy, mas, se optar pelo atacante mais móvel, o onze deverá ser Schwarzer (Fulham) na baliza; Chipperfield (Basileia), a defesa-esquerdo, Emerton (Blackburn), à defesa direito e Moore (Kavala) e Neill (Galatasaray) como centrais; Depois, no meio campo, Culina (Gold Coast) a trinco, Cahill (Everton), a médio centro, e Bresciano (Palermo) e Wilkshire (Dínamo Moscovo) como alas; Por fim, no ataque, dois atacantes plenos de mobilidade: Kewell (Galatasaray) e Holman (AZ).

Classificação – Previsão “A Outra Visão”

O grupo dos australianos não é nada fácil, todavia, se não parecem ter condições de disputar o primeiro lugar com os alemães, aparentam ter as mesmas hipóteses de sérvios e ganeses na luta pelo segundo lugar. Aliás, se os cangurus continuarem a demonstrar a grande consistência táctica que têm apresentado até aqui, poderão, inclusivamente, ter alguma vantagem na luta pelo último posto de apuramento para os oitavos de final.

 Calendário – Grupo D (Mundial 2010)

  • 13 de Junho: Austrália vs Alemanha
  • 19 de Junho: Austrália vs Gana
  • 23 de Junho: Austrália vs Sérvia

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Regularidade e segurança

Regularidade e segurança

A chamada do guarda-redes Daniel Fernandes não era esperada, mas só se pode falar em surpresa para os que não conhecem o jogador. Aos 26 anos, Daniel Márcio Fernandes é um guarda-redes de características muito interessantes.

Filho de pai português e mãe checa, nasceu no Canadá, onde começou a jogar no Vancouver Whitecaps FC, e mudou-se para Portugal ainda miúdo. Em 2000 assinou pelo FC Porto, mas acabou por rumar ao Celta de Vigo em 2002, onde foi emprestado ao Jaahn Regensburg da Alemanhã, ajudando o clube alemão a subir à segunda divisão.

Seguiu-se um período experimental no clube grego PAOK, onde jogou com regularidade e mostrou qualidades, sendo elogiado pela sua estabilidade dentro de campo. E acabou por ser chamado à selecção nacional de Portugal, onde foi a segunda opção para a qualificação do Euro 2008.

Em 2008 o Vlf Bochum da Alemanha demonstrou interesse na sua contratação e adquiriu o seu passe por 1,2 milhões de euros. Na Bundesliga foi titular na primeira época, ajudando o clube a manter-se no primeiro escalão alemão. Esta temporada perdeu o lugar para o alemão Heerwagen, e com a saída do treinador Koller do clube, o seu espaço ficou cada vez mais reduzido, originando a sua saída – em nota de curiosidade, sem Daniel Fernandes, o Bochum acabaria por descer de divisão esta temporada, contrastando com manutenção na temporada anterior. Em Janeiro, é emprestado ao Iraklis, da Grécia, onde fez 10 jogos, falhando apenas os dois últimos encontros da temporada.

A sua carreira na selecção começou com uma convocatória em 2006, mas só se estreou um ano depois, num jogo frente ao Kuwait, onde entrou a substituir Quim. Continuou a ser chamado ocasionalmente, mas só jogou jogos particulares. Ultimamente não tinha marcado presença nas convocatórias de Carlos Queirós, mas acabou por estar entre os escolhidos que vão representar Portugal na África do Sul.

Não é um guarda-redes que jogue para o espectáculo, nem um guarda-redes de grande elasticidade, mas é um “monstro na baliza” que por vezes faz lembrar um guarda-redes de andebol. Fazendo uso do seu 1,94 metros e 93 kilos, Daniel Fernandes marca uma presença significativa dentro da grande área, aliando o seu bom posicionamento à regularidade e segurança que demonstra quando aborda um lance. Ao contrário dos restantes guarda-redes portugueses, é muito bom a sair-se aos cruzamentos. E também é muito rápido a sair da baliza. No que respeita ao jogo com os pés, não é a sua especialidade, mas joga simples e sem complicar.

Provavelmente não somará um único minuto de jogo durante este mundial. Mas, é uma opção válida, capaz de corresponder se for necessário. A presença numa fase final desta natureza pode ser importante para o seu crescimento como atleta. E no que respeita ao futuro da selecção, Daniel Fernandes será uma aposta séria. Perante a sua qualidade e potencial, não será surpreendente que venha a jogar em clubes de maior dimensão.

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Fahad Al-Sabah

Faltavam poucos minutos para terminar o França-Kuwait da primeira fase do Mundial 82. Em Valladolid, os franceses venciam a partida e Giresse acabava de fazer o 4-1, quando, de repente, o Sheikh Fahad Al-Sabah, também presidente da Federação do Kuwait, resolveu invadir o relvado e mandar os seus jogadores abandonar o terreno de jogo, porque considerava que o quarto golo “bleu” havia sido apontado de forma ilegal. Entretanto, gerou-se uma enorme confusão no relvado e tudo só ficou resolvido quando o árbitro soviético Miroslav Stupar anulou o golo (curiosamente, limpo) à França. Um momento curioso e que vai ficar recordado, para sempre, com um dos mais bizarros dos campeonatos do mundo.

O Kuwait havia chegado a este campeonato do mundo com expectativas reduzidas, mas, no primeiro jogo, surpreendeu o mundo ao conseguir empatar a uma bola com a forte selecção checoslovaca.

Assim, a equipa do golfo pérsico iria defrontar, no segundo jogo, a equipa francesa, um adversário que estava sobre pressão, pois havia perdido o primeiro jogo com a Inglaterra (1-3). Nessa partida, os franceses foram sempre mais fortes e aos  50 minutos já venciam por três bolas a zero, sendo que nem o golo de Al Buloushi (75′) colocava em causa o seu triunfo.

Como tal, todos ficaram deveras surpreendidos quando após um golo legal de Giresse, Fahad Al-Sabah, indignadíssimo, levantou-se da tribuna e dirigiu-se ao relvado para que os jogadores do Kuwait, em protesto, abandonassem o terreno de jogo. A confusão durou vários minutos e só terminou quando o pobre árbitro soviético, desesperado, acabou por anular o tento.

Curiosamente, a partida até acabou 4-1, pois Bossis, mesmo sobre o cair do pano, ampliou a vantagem gaulesa, mas este episódio acabou por custar caro ao árbitro Miroslav Stupar que viu a FIFA excluí-lo do torneio.

Já a equipa do Kuwait seria eliminada, sem casos, no jogo seguinte, após perder com os ingleses (0-1), mas, de qualquer maneira, já tinha garantido o seu lugar na história do futebol mundial após o gesto do Sheikh Fahad Al-Sabah.

Reveja ou descubra este momento bizarro no vídeo abaixo.

 

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Equilibrio táctico

Chegou de forma surpreendente à equipa, mas mostrou todo o seu valor. Pedro Miguel da Silva Mendes, de 31 anos, é um médio centro, que joga no Sporting Clube de Portugal e espreita a titularidade da selecção nacional.

Começou sua carreira profissional a jogar no Felgueiras (1998/99), emprestado pelo Vitória de Guimarães, onde regressou um ano depois. Em Guimarães jogou quatro temporadas, até se transferir para o FC Porto (2003/04), onde, pelo comando de José Mourinho, mostrou toda a sua capacidade táctica e fez parte de uma equipa ganhadora: Liga dos Campeões, a Liga Portuguesa e a Supertaça num só ano. Em Julho de 2004, transfere-se para a Premier League inglesa, para jogar no Tottenham, onde esteve durante uma época e meia. Seguiu-se a transferência para o Portsmouth em Janeiro de 2006, onde ganhou uma Taça de Inglaterra e esteve até ao verão de 2008. Segue-se uma temporada de bom nível no Glasgow Rangers, onde ganhou um campeonato da Escócia. Na sua segunda época no clube escocês sofre uma lesão que o afasta dos relvados até ao seu ingresso no Sporting, para onde se transfere em Janeiro deste ano. No Sporting cedo ganhou o seu lugar na equipa, sendo uma peça importante para a equipa treinada por Carlos Carvalhal.

A sua presença na selecção remonta a 2002, onde entrou a substituir Rui Costa, num particular contra a Escócia (Portugal ganhou esse jogo por 2-0), mas as suas aparições foram sendo esporádicas. Até que foi chamado à equipa para dois jogos de apuramento para o Mundial 2010. Surpreendentemente, apareceu como titular frente à Hungria, jogando o jogo todo e fazendo uma grande exibição, que não só convenceu os críticos, como se afirmou como uma alternativa válida para aquela posição.

Pedro Mendes é um médio que passa despercebido ao olhar mais desatento, mas é uma peça fundamental no jogo de equipa. Tanto pode jogar a trinco (à frente da defesa), como na posição (8), funcionando como um médio centro mais táctico e focado na equipa. É um jogador que prima pela inteligência dentro de campo e uma capacidade de preencher os espaços muito acima da média. Não é um jogador de rasgos ou momentos mágicos, mas é um ponto de equilíbrio na circulação de bola e nas transições defesa-ataque e ataque-defesa. Sabe posicionar-se nos locais certos, no tempo certo, seja para cortar os ataques contrários, como para “empatar” esses ataques, permitindo que a equipa portuguesa se recomponha. É um jogador que não gosta de ter a bola nos pés por boas razões: não empata o jogo da sua equipa e circula a bola rapidamente, criando fluxo de jogo. O seu ponto fraco é o jogo aéreo, tem apenas 1,73m e não tem uma grande impulsão.

Dentro do esquema táctico de Portugal, poderá ser muito importante a jogar como trinco, num sistema de 4-3-3, funcionando como uma linha de passe de referência na circulação de bola. Num sistema de losango, poderá ser usado, com maior eficácia como um interior que tenha a tarefa de compensações tácticas, do meio campo e da cobertura da subia de laterais – um pouco como a tarefa de Tiago Motta ou Inter de Milão.

Provavelmente será usado como trinco à frente da defesa, mas a sua titularidade não é garantida, já que Pepe (apesar de não ser uma decisão unânime) também é um candidato ao lugar. Dependerá do adversário e de como o seleccionador quiser que a equipa jogue: mais mobilidade ou mais músculo. Uma escolha entre a inteligência táctica de Mendes e a capacidade física de Pepe.

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Em 1982, a Argélia escandalizava o Mundo após vencer a República Federal da Alemanha por duas bolas a uma. Jogadores como Madjer ou Assad tornavam-se conhecidos do grande público e percebeu-se que, pela primeira vez, uma equipa magrebina podia passar à segunda fase do Mundial. Contudo, após perderem com a Áustria, acabaram eliminados após uma estranha vitória germânica diante dos austríacos por uma bola a zero. Nesse jogo, ambas as equipas não forçaram, pois sabiam que aquele resultado apurava as duas para a 2ª fase. Assim, a Argélia despediu-se do campeonato do mundo, mas o perfume daquele futebol perdurou até hoje, à espera que, um dia, volte a renascer. Veremos se esse dia chegará, este ano, na África do Sul…

A Qualificação

A Argélia teve uma caminhada muito difícil para a África do Sul. Na 2º Fase, integrada no Grupo 6, a Argélia sofreu bastante para se impor a Gâmbia e Senegal, superando esses dois rivais por apenas um ponto.

Depois, na 3ª Fase, num grupo com Egipto, Zâmbia e Ruanda, os argelinos chegaram ao último jogo (no campo do Egipto) a precisarem de perder por menos de dois golos para se apurarem para o campeonato do mundo. No entanto, nesse desafio, acabaram por sofrer o 2-0 no minuto 95, ficando as duas selecções norte-africanas empatadas em diferença de golos e confronto directo.

Assim sendo, argelinos e egípcios tiveram de fazer um desempate, no Sudão, para decidir quem iria ao Mundial. Aí, os argelinos foram mais felizes, vencendo por 1-0 (golo de Yahia) e apurando-se para o Mundial sul-africano.

2ª Fase: Grupo 6 – Classificação

  1. Argélia 10 pts
  2. Gâmbia 9 pts
  3. Senegal 9 pts
  4. Libéria 3 pts

3ª Fase: Grupo C – Classificação

  1. Argélia 13 pts
  2. Egipto 13 pts
  3. Zâmbia 5 pts
  4. Ruanda 2 pts

Playoff

Argélia 1-0 Egipto

O que vale a selecção argelina?

A equipa esteve bem na última Taça de África, onde alcançou as meias finais e tem alguns elementos de qualidade como o médio-ala Matmour e o trinco Yebda. Ainda assim, integrada num grupo com Inglaterra, Estados Unidos e Eslovénia, a Argélia parece ser a selecção mais frágil do agrupamento.

A equipa magrebina costuma jogar num esquema de 3-4-3, com três centrais competentes (Bougherra-Halliche-Yahia), mas que podem ter dificuldades diante de selecções com avançados rápidos e fortes no um contra um. Apesar de terem sofrido poucos golos na fase de qualificação (8 em 12 jogos), irão, no Mundial, encontrar um nível de exigência muito maior e, como não são centrais muito rápidos, poderão criar um grave problema à selecção argelina.

Por outro lado, o meio campo é, provavelmente, o ponto mais forte da equipa magrebina. Costumam jogar com um duplo pivot (Yebda-Mansouri) que sabe defender e atacar com a mesma qualidade e, também, com dois alas muito rápidos: Belhadj (à esquerda) e Matmour (à direita). Os dois alas são muito criativos, criando bastantes situações de desequilíbrios e, principalmente no caso de Belhadj, também defendem muito bem, dando alguma segurança defensiva à Argélia.

Por fim, no ataque, as raposas do deserto apresentam dois jogadores plenos de mobilidade: Djebbour (avançado esquerdo) e Ziani (avançado direito)  e, também, um ponta de lança finalizador: Ghezzal. Apesar de tanto Djebbour como Ziani jogarem nas alas, veremos provavelmente o avançado esquerdo mais no apoio a Ghezzal e Ziani a funcionar, muitas vezes, como quinto elemento do meio campo, transformando o esquema argelino em 3-5-2.

Globalmente os argelinos têm uma equipa de alguma qualidade, todavia, o seu esquema bastante ofensivo, a fragilidade dos centrais no jogo pelo chão e alguma indisciplina táctica deverão condenar os magrebinos ao último lugar do Grupo C.

O Onze Base

A equipa argelina deve, tal como foi dito anteriormente, apresentar um esquema em 3-4-3 com Gaouaoui (ASO Chief) na baliza; Bougherra (Rangers), Halliche (Nacional) e Yahia (Bochum) na defesa; Yebda (Portsmouth) e Mansouri (Lorient) como duplo pivot, Belhadj (Portsmouth) como ala esquerdo, Matmour (Borussia M’Gladbach) como ala direito; e três avançados: Djebbour (AEK), Ghezzal (Siena) e Ziani (Wolfsburgo).

Classificação – Previsão “A Outra Visão”

Aparentemente, os argelinos deverão ser favoritos a ocuparem o último lugar do Grupo C. No entanto, se o seleccionador Rabah Saadane conseguir limar algumas arestas e tornar as raposas do deserto um pouco mais matreiras, poderão surpreender eslovenos e, quiçá, até os norte-americanos. Ainda assim, a possibilidade disso acontecer é muito reduzida

 Calendário – Grupo C (Mundial 2010)

  •  13 de Junho – Argélia vs Eslovénia 
  •  18 de Junho – Argélia vs Inglaterra 
  •  23 de Junho – Argélia vs EUA

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A primeira e única presença dos eslovenos num campeonato do mundo não deixou boas memórias ao pequeno país da ex-Jugoslávia. No Mundial 2002, integrado num grupo com Espanha, África do Sul e Paraguai, a Eslovénia perdeu todas as partidas e regressou a casa sem honra nem glória. Oito anos depois, os eslovenos regressam a um campeonato do mundo após terem surpreendido a poderosa Rússia no playoff de apuramento. As expectativas não são muito grandes, pois a Eslovénia não tem uma equipa muito forte, mas, ainda assim, têm uma grande motivação. Afinal, fazer melhor do que fez no Mundial 2002 não parece ser tarefa difícil…

A Qualificação

Integrados no Grupo 3 da zona europeia de qualificação com República Checa, Eslováquia, Irlanda do Norte, Polónia e São Marino, previam-se dificuldades para os eslovenos.

Contudo, beneficiando da enorme quebra das selecções da Polónia e da Rep. Checa, os eslovenos acabaram por conseguir discutir o primeiro lugar com a outra grande surpresa do grupo, a Eslováquia. Chegados à última jornada a dois pontos dos eslovacos, mas com vantagem no confronto directo, bastava-lhes vencer São Marino e esperar que a Polónia não perdesse, em casa, com a Eslováquia.

Contudo, os eslovacos venceram por uma bola a zero e empurraram a Eslovénia para o segundo lugar e um difícil playoff de apuramento com a fortíssima selecção russa.

Nesse duelo decisivo, os russos eram favoritos e, no primeiro jogo, a Rússia chegou ao 2-0 com um bis de Bilyaletdinov. A jogar em casa, a equipa russa continuou a carregar na busca do terceiro golo e da morte precoce da eliminatória. Todavia, aos 88 minutos, contra a corrente do jogo, Pecnik, médio do Nacional, fez o 2-1, que deu esperanças aos eslovenos para o jogo da segunda mão.

Na partida decisiva, em Maribor, a Eslovénia acabou por ser mais feliz e, graças a um golo de Dedic em cima do intervalo, venceu 1-0 a Rússia e apurou-se para o campeonato do mundo.

Grupo 3 – Classificação

  1. Eslováquia 22 pts
  2. Eslovénia 20 pts
  3. Rep. Checa 16 pts
  4. Irlanda do Norte 15 pts
  5. Polónia 11 pts
  6. São Marino 0 pts

Playoff

Rússia 2-1 Eslovénia / Eslovénia 1-0 Rússia

O que vale a selecção eslovena?

A equipa eslovena não tem grandes individualidades e vale essencialmente pelo colectivo. Trata-se de uma equipa mediana que dificilmente se apurará no Grupo C do Mundial 2010.

A defesa é provavelmente o sector mais forte da equipa da ex-Jugoslávia. A Eslovénia apenas sofreu seis golos na fase de qualificação e isso é a prova da sua boa qualidade defensiva. Neste sector, temos de destacar os laterais Jokic e Brecko que defendem muito bem, mas também são competentes a atacar e, também, uma dupla de centrais que revela segurança e entendimento quase perfeito: Suler/Cesar.

No meio-campo, os eslovenos têm, talvez, o sector mais frágil da equipa. Normalmente jogam com o trinco do Larissa: Radosavljevic e o médio box to box: Koren. Depois, na ala esquerda aparece o jogador do Auxerre: Birsa e, na direita, o médio do Wisla: Kirm. Aqui o único destaque vai para o jogador do Auxerre, um atleta criativo e que cria desequilíbrios com facilidade.

Por fim, na frente, os eslovenos costumam jogar com a dupla: Dedic e Novakovic. São dois avançados que se completam, sendo Novakovic um puro homem de área e Dedic um jogador que actua como avançado de suporte. Esta dupla não é brilhante, mas é bastante competente, não sendo aconselhável dar um milímetro de espaço a Novakovic, pois este, quando aparece uma boa oportunidade, raramente perdoa. No banco, os eslovenos contam ainda com um jogador imaginativo que pode substituir Dedic, quando o treinador optar por um 4-2-3-1, o médio ofensivo do Nacional: Pecnik.

Apesar da competência e do espírito de equipa, a equipa eslovena não aparenta ter condições para surpreender a Inglaterra e, até, os Estados Unidos, restando-lhe tentar vencer a Argélia.

O Onze Base

A equipa da Eslovénia costuma actuar num 4-4-2 clássico com Samir Handanovic (Udinese) na baliza; Um quarteto defensivo com Jokic (Chievo), à esquerda, Brecko (Colónia), à direita, ficando Suler (Gent) e Cesar (Grenoble) no centro; Depois, Radosavljevic (Larissa) é o trinco, Koren (WBA) é o box to box, surgindo Birsa (Auxerre) como ala esquerdo e Kirm (Wisla Cracóvia) como ala direito; Por fim, o ataque é composto pelo avançado de suporte: Dedic (Bochum) e o finalizador: Novakovic (Colónia).

Classificação – Previsão “A Outra Visão”

Teoricamente, os eslovenos devem terminar o Grupo C na terceira posição, pois são (muito) inferiores aos ingleses, ligeiramente inferiores aos norte-americanos e superiores aos argelinos. Todavia, se conseguirem demonstrar uma grande disciplina táctica e tiverem um pouco de sorte, poderão, inclusivamente surpreender os americanos e apurarem-se para os oitavos de final.

Calendário – Grupo B (Mundial 2010)

  • 13 de Junho: Eslovénia vs Argélia
  • 18 de Junho: Eslovénia vs EUA
  • 23 de Junho: Eslovénia vs Inglaterra

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Mas o que é que eu fiz? Parece dizer Ilunga

Aquele momento permanecerá, para sempre, como um dos mais cómicos e caricatos momentos de um campeonato do mundo. O Brasil beneficia de um livre directo em posição frontal contra a equipa do Zaire. Rivelino prepara-se para o remate, o árbitro apita e, de repente, sai da barreira um zairense, que corre para a bola e desfere um remate para bem longe, como se a sua vida dependesse disso. O árbitro respondeu com um amarelo para um pobre Mwepu Ilunga, que o recebeu sem perceber o que tinha feito de errado…

Depois de vencerem a Taça de África de 1974, o Zaire (actual República Democrática do Congo) tornou-se na primeira equipa da chamada “África Negra” a qualificar-se para o campeonato do mundo.

Depois de terem eliminado Marrocos (uma equipa que tinha estado no Mundial 1970), havia enorme expectativa sobre o que podia fazer a equipa zairense no Mundial 74, disputado na Alemanha.

Integrado num grupo com Brasil, Escócia e Jugoslávia, os zairenses estrearam-se diante da equipa britânica e, apesar de terem feito um jogo interessante, pagaram pela sua ingenuidade e perderam (0-2).

Pior, contudo, foi o segundo jogo, diante da Jugoslávia. A equipa zairense fez uma partida deplorável e perdeu por nove bolas a zero. Alguns dos golos sofridos foram de tal maneira ridiculos, que até se questionou se os africanos não estariam a fazer tudo aquilo de forma propositada.

Depois, diz-se que o presidente do Zaire ficou tão revoltado com o resultado dos seus atletas, que mandou dizer-lhes que, se perdessem por mais de três golos com o Brasil, não seriam autorizados a regressar ao seu país.

Assim sendo, foi sobre grande tensão que o Zaire encarou o jogo com os brasileiros e o nervosismo foi aumentando com o primeiro, segundo e terceiro golo dos canarinhos. Com 3-0 no marcador, surge então esse livre contra a selecção africana. Os rostos dos zairenses eram de terror e, quando o arbitro apitou, Mwepu Ilunga saiu disparado da barreira para afastar o perigo o mais rápido possível sem sequer pensar que o que estava a fazer era ilegal segundo as leis de jogo.

Ainda assim, os zairenses seguraram o (0-3) e, como tal, puderam regressar a casa.

Um momento que o futebol nunca irá esquecer para recordar ou descobrir no vídeo abaixo

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Experiência e classe

Experiência e classe

Peça fundamental no centro da defensiva portuguesa, Ricardo Alberto Silveira de Carvalho, de 32 anos, é um defesa central de grande qualidade. E, para muitos, ainda um dos melhores do mundo.

O actual jogador do Chelsea começou no Amarante Futebol Clube, de onde se transferiu para os juniores do Futebol Clube do Porto em 1996. A sua carreira como sénior começou com empréstimos ao Leça, Vitória de Setúbal e Alverca, mas estava destinado para outros voos. Regressa ao Porto em 2001 e afirma-se como um dos melhores centrais do Mundo, onde ganha dois campeonatos, uma taça de Portugal, e conhece a glória europeia com uma taça UEFA, uma Liga dos Campeões e a nomeação como o melhor defesa da Liga dos Campeões. Em 2004, transfere-se para o Chelsea pela verba de 30 milhões de euros e também em Londres conhece o sucesso: incluindo três campeonatos da Premier League e a presença numa final da Liga dos Campeões.

Na selecção Ricardo Carvalho tem sido uma peça fundamental desde o Euro 2004, onde Portugal atingiu a final. Joga sempre que está disponível, transmitindo classe e experiência à selecção portuguesa. Em Março sofreu uma lesão no tornozelo, que o afastou dos restantes jogos do Chelsea e colocou em risco a sua presença no Mundial da África do Sul. Felizmente, recuperou a tempo e pode dar o seu contributo à nossa equipa.

Ricardo Carvalho é um defesa central rápido, bom no jogo aéreo e com excelente técnica, sendo várias vezes comparado ao legendário Baresi, da selecção italiana. Continua rápido para um central, mas apesar de não ter a velocidade de outrora, faz da sua experiência uma mais valia. Não é um central forte, nem é muito alto, mas joga bem na antecipação e faz uso do seu posicionamento e tempo de salto para ganhar muitos lances de cabeça. A sua técnica permite-lhe sair a jogar com a bola, facilitando a construção e as transições ofensivas da equipa.

O seu lugar na equipa está, à partida, garantido. É um jogador experiente e de grande qualidade, que esteve nos grandes momentos da selecção e conta com uma carreira de sucesso. Para muitos, deveria ser o capitão de equipa, mas será apenas o patrão de defesa. Numa equipa de futebol, mais importante que ter dois bons centrais, é ter uma boa dupla de centrais, e as características de Ricardo Carvalho permitem que tanto faça uma excelente dupla com um central duro e forte fisicamente. No FC Porto jogava ao lado de Jorge Costa e no Chelsea joga ao lado de Terry, e provavelmente fará dupla com Bruno Alves na defesa portuguesa.

A selecção irá precisar da sua experiência e qualidade. Espera-se que se apresente em  forma após a sua lesão.

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Ninguém levava muito a sério esta equipa norte-americana, pois justificava-se o terceiro lugar de 1930 pelo amadorismo que, na época, imperava e a presença nos oitavos de final em casa (1994), pelo facto do país organizador ter sempre uma “mãozinha” da FIFA. Curiosamente, seriam os portugueses os primeiros a perceber que os americanos eram uma selecção de respeito, quando no primeiro jogo do Mundial 2002, perderam com os EUA (2-3). Esse jogo foi, na verdade, o ponto de viragem do futebol americano, que chegaria aos quartos de final desse campeonato do mundo. A partir daí, os “yankees” passaram a ser vistos como uma das boas selecções do panorama mundial e, até, conseguiram resultados muito interessantes como terem sido finalistas da Taça das Confederações 2009 (perderam a final com o Brasil 2-3) após eliminarem a actual campeã europeia: Espanha…

A Qualificação

Tal como o México, os EUA não costumam ter dificuldades em apurar-se na fácil zona de qualificação da CONCACAF. Ainda assim, há que registar os bons resultados conseguidos pelos americanos nas diversas fases de apuramento.

Na 2ª Fase, diante da fraquinha selecção dos Barbados, apuraram-se com um agregado de 9-0 e, na terceira fase, defrontando Cuba, T. Tobago e Guatemala, apuraram-se com cinco vitórias e apenas uma derrota, sendo que esta, diante de T. Tobago (1-2), surgiu quando já tinham o apuramento garantido.

Por fim, na 4ª e última fase, defrontaram México, Honduras, Costa-Rica, El Salvador e T. Tobago e cometeram a proeza de vencerem o grupo, provando que já discutem o título de melhor equipa da CONCACAF com os mexicanos. Nesta fase, ganharam seis jogos, empataram dois e apenas perderam no México (1-2) e na Costa-Rica (1-3).

2ª Fase – Eliminatória

Estados Unidos 8-0 Barbados / Barbados 0-1 Estados Unidos

3ª Fase – Grupo 1

  1. Estados Unidos 15 pts
  2. T. Tobago 11 pts
  3. Guatemala 5 pts
  4. Cuba 3 pts

4ª Fase – Grupo Final

  1. Estados Unidos 20 pts
  2. México 19 pts
  3. Honduras 16 pts
  4. Costa-Rica 16 pts
  5. El Salvador 8 pts
  6. T. Tobago 6 pts

O que vale a selecção norte-americana?

Não sendo gigantes do futebol mundial e, provavelmente, sem condições de colocar em causa a superioridade inglesa no Grupo C, os Estados Unidos têm, seguramente, melhor equipa que eslovenos e argelinos.

O guarda-redes (Tim Howard) é competente e uma voz de comando para um quarteto defensivo seguro e regular, onde se destacam o lateral esquerdo do West Ham: Spector e o central do Milan: Onyewu.

No meio campo, que deve jogar em losango, destaque para a enorme qualidade dos alas: Beasley e Dempsey, que, apesar de jogarem como interiores, são extremos por natureza e, por isso, irão procurar sempre os desequilíbrios pelos flancos. Clark (o trinco) e Bradley (o médio ofensivo) são competentes, mas não têm a qualidade dos seus parceiros do miolo.

Por fim, na frente, actua uma magnífica dupla de avançados e que combina muito bem: Landon Donovan e Altidore. O companheiro de Beckham nos LA Galaxy (Donovan) é um avançado rápido, tecnicista e que é muito bom na movimentação táctica, enquanto o atacante do Hull City (Altidore) é forte, possante, finaliza bem e, acima de tudo, desgasta muito os defesas contrários.

Globalmente, podemos concluir que os americanos têm uma equipa de qualidade e que poderá, muito bem, surpreender como aliás já fez na Taça das Confederações.

O Onze Base

É quase certo que os norte-americanos irão utilizar o esquema de 4-4-2 em losango e com o seguinte onze: Howard (Everton) na baliza; Um quarteto defensivo com Spector (West Ham), na esquerda, Bornstein (Chivas USA), na direita, e Onyewu (Milan) e Bocanegra (Rennes) como dupla de centrais; Ricardo Clark (Frankfurt) como trinco, Beasley (Rangers) como ala esquerdo, Dempsey (Fulham) como ala direito e Bradley (Borussia M’Gladbach) como 10; Donovan (LA Galaxy) como avançado centro e, a ponta de lança, Altidore (Hull City).

Classificação – Previsão “A Outra Visão”

Num grupo em que o favoritismo vai, na totalidade, para os ingleses, é bastante previsível que os norte-americanos se superiorizem às outras selecções do grupo (Eslovénia e Argélia). Sendo superiores tanto no capitulo técnico como táctico e físico, a europeus e magrebinos, os “yankees” deverão alcançar o segundo lugar e consequente apuramento para os oitavos de final.

Calendário – Grupo C (Mundial 2010)

  • 12 de Junho: EUA vs Inglaterra
  • 18 de Junho: EUA vs Eslovénia
  • 23 de Junho: EUA vs Argélia

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Nani - um criativo

Nani - um criativo

Para os três lugares de ataque da selecção nacional, Ronaldo e Liedson têm o seu lugar garantido. Nani espreita o restante lugar.

Luís Carlos Almeida da Cunha (23 anos), mais conhecido como Nani, é um extremo desiquilibrador e criativo. que joga num dos maiores clubes do mundo: o Manchester United.

Começou a jogar no Real Massamá, mas cedo rumou a Alvalade, onde completou os escalões de formação. Após aparecer na equipa principal do Sporting em 2005/06 deu nas vistas e acabou transferido para o campeonato inglês, na temporada 2007/08, por 25 milhões de Euros. Em Inglaterra, tem variado entre rasgos de génio e momentos menos conseguidos. Tanto é colocada em causa a sua continuidade no clube, como é considerado uma peça importante, capaz de decidir um jogo.

De Nani tudo se pode esperar. Desde um jogo apagado, em que nada parece sair bem, como um jogo fenomenal, cheio de magia e lances decisivos. A irregularidade das suas exibições tem-lhe dificultado a afirmação em definitivo na mais alta roda do futebol europeu, mas a sua recente boa forma pode ser premiada, com uma oportunidade de brilhar, como titular, no campeonato da África do Sul.

Nani joga preferencialmente como extremo, mas adapta-se facilmente a posições de interior ou segundo avançado. É um jogador de grande mobilidade, inteligência e boa leitura de jogo, tanto a atacar como a defender. No entanto, não é um jogador muito táctico. Pelo contrário, é um criativo, que procura desequilibrar com rasgos e momentos inesperados. Finta bem e tem uma aceleração que pode causar problemas sérios perante defesas mais lentos ou rígidos. A qualquer momento do jogo, dos seus pés pode sair um grande golo, um rasgo individual, que desequilibra uma defesa, ou um um toque mágico a isolar um companheiro.

Pode ser um jogador muito importante na selecção, quer num 4-3-3 aberto nas alas, como num 4-4-2 losango cheio de mobilidade. Em jogos mais tácticos, pede-se que seja sacrificado, mas noutros, em que seja necessário maior criatividade para romper defesas, ou momentos que seja necessário apostar no contra-ataque, a criatividade e velocidade de Nani fazem com que seja uma peça a ter em conta no xadrez de Queirós.

 

Edit: Infelizmente, Nani não poderá dar o seu contributo à selecção, por ter sofrido um  traumatismo na clavícula esquerda. Para o seu lugar, foi chamado Ruben Amorim.

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