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Archive for the ‘Visão Lampiã’ Category


Wass pode chegar a custo zero

Já dizem os populares que “Ano novo, vida nova”. E a direcção do Benfica parece que quis ouvir o povo e com o novo ano veio também uma nova política de contratações para o futebol profissional.

Depois de alguns anos a apostar em jogadores reconhecidos internacionalmente e caros, como Saviola e Aimar, e em jovens promessas, mas com passes valorizados em mais de 5 milhões de Euros, como Jara, Di Maria, Roberto, entre outros, parece que o Benfica mudou de política.

Neste mercado de Inverno vemos uma mudança mesmo analisando os pequenos ajustes feitos no plantel. As únicas contratações de Inverno foram o José Luiz Fernandez, médio-esquerdo vindo do Racing de Avellaneda, que custou cerca de 2 milhões de Euros (barato comparando com Jaras, entre outros) e Jardel, defesa-central ex-Olhanense, que custou quase 400 mil.

Mas o início do ano fica também marcado pela preparação da época 2011/2012, que está a ser pensada de forma completamente diferente do que fazia num passado recente.

Para a próxima época fala-se de muitas contratações (até demais). Fala-se do Nuno Coelho da Académica de Coimbra, Nolito do Barcelona B, Rodrigo Mora do Defensor Sporting, Carole do Nantes, Wendt do Copenhaga, Taiwo do Marselha, entre muitos outros.

Nestas contratações e possíveis contratações vemos algumas grandes diferenças em relação à política de contratações dos últimos anos: são jogadores jovens, em fim de contrato (estratégia muito utilizada pelo Sporting de Braga) e alvos apetecíveis a nível financeiro (apesar de jogadores como Nolito ou Taiwo exigirem grandes prémios de assinatura).

Outro sinal positivo é que o Benfica voltou a apostar timidamente no mercado português (Jardel e Nuno Coelho) e nas camadas jovens (Luís Filipe Vieira falou da hipótese de termos 4 a 5 jogadores formados no clube no plantel principal na próxima época).

Analisando então esta mudança repentina de política, penso que esta justifica-se por 2 motivos:

•  a direcção do Benfica percebeu que a situação económica que atravessa o futebol coloca novos desafios e os clubes portugueses só podem cometer loucuras se venderem muito ou se fizerem boas campanhas na Champions League (e a do Benfica foi péssima);
• a UEFA começa a apertar o cerco e “vai” implementar o fair-play financeiro a partir da época 2013/2014: vai proibir clubes que tenham dívidas de participar nas competições europeias.

Sejam quais forem os motivos, considero esta notícia bastante positiva para o Benfica, desde que o trabalho de prospecção seja feito com qualidade. Acredito que com um bom trabalho de prospecção é possível formar uma equipa forte, com capacidade para lutar pelo título nacional e fazer boa figura nas competições europeias sem gastar muito dinheiro.

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Jorge Jesus vive dias difíceis na Luz

Ao intervalo do jogo de Domingo eu já pouco acreditava na reviravolta, já ficava satisfeito de perder “apenas” por três. Esta é a pior crítica que posso fazer ao Benfica 2010/2011.

Já se sabia que o Benfica estava mal, que este Porto era favorito, estava muito forte e que Belluschi, Falcao, Varela e Hulk (que fenómeno) estavam em grande forma. E para ajudar à festa Jorge Jesus decidiu inventar e jogar da mesma forma que jogámos contra o Liverpool, onde perdemos por 4-1. Os 3 primeiros golos nasceram do espaço entre David Luís e Sidnei. Porque será? Mas mesmo assim, nada justifica este resultado.

Depois de uma época em que o Benfica dominou, praticou bom futebol e ganhou, vemos o Benfica actual e pensamos: O que se passa?

Podem dizer que saiu Di Maria e Ramires e que o Benfica se ressente dessas ausências, o que é verdade mas não justifica este descalabro. O ano passado também jogámos muitos jogos sem esses jogadores e a dinâmica da equipa era totalmente diferente.

O que se passa é que temos uma equipa que vive do passado. Uma Direcção que continua a vender a ideia que o Benfica é o maior porque é o campeão em título. Jogadores que pensam que não precisam de correr. Um treinador que foi campeão a jogar de uma forma, mas não percebe que com jogadores diferentes não pode jogar exactamente da mesma forma. Na minha opinião a grande diferença está mesmo no treinador.

O Benfica deixou de ter um treinador motivador, muito exigente e emocional, e tem agora um treinador passivo e muito apático. Deixámos de ver um treinador a gritar  “$”#$%&”, a ralhar com os jogadores, a festejar cada golo como se de uma final se tratasse, a picar os adversários e vemos actualmente um treinador que não sabe o que fazer, que está completamente à deriva.

Continuo a confiar no Benfica e no seu treinador, mas é com tristeza que digo que apesar de ser possível ganhar o campeonato, os objectivos do Benfica este ano devem passar por ganhar a Taça de Portugal, conseguir o 2º lugar na Liga e passar aos Oitavos de final da Champions League.

É triste ver este Benfica, mas este é o Benfica a que nos habituámos nas últimas duas décadas.

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O semblante de Jesus mantém-se carregado

Parece que a época 2010-2011 começou como um regresso ao passado recente. O Sport Lisboa e Benfica começou a época em plena euforia e ao fim de cinco jogos oficiais já tem quatro derrotas. A defesa não funciona, o ataque não funciona, nada funciona.

Sinceramente, quando vejo o Benfica desta época fico com pouca vontade de escrever. E o principal problema que detecto é ao nível da atitude. A equipa que o ano passado transpirava confiança, que atacava com segurança, que sabia que mais cedo ou mais tarde iria resolver o jogo, transformou-se numa equipa receosa, com medo de errar e sem saber o que fazer.

Esta falta de confiança e segurança está presente também no treinador. O ano passado, olhava para o banco e via Jorge Jesus a comandar as tropas, demonstrando grande confiança e mesmo uma arrogância saudável, a arrogância normal nos melhores e que os mais fracos odeiam. A verdade é que este ano olho para o banco e Jorge Jesus parece um treinador inexperiente, que está num ambiente que não é o seu e que olha para o campo e para o banco e não sabe o que deve fazer.

Percebo e acredito que isto seja apenas azar e que tudo vai ser resolvido. Mas será resolvido a tempo? É que olho para norte e vejo F.C. Porto a ganhar, a jogar e a liderar. Neste momento o F.C. Porto e o S.C. Braga são os dois favoritos ao título. Mas eu acredito que tudo pode mudar. Em Jesus eu creio.

Nota: Não serve de nada culpar os Olegários do nosso futebol. É verdade que a arbitragem de sexta-feira foi vergonhosa mas não justifica os resultados e o futebol do Sport Lisboa e Benfica deste início de época.

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Roberto foi uma aposta de Rui Costa

Hoje não vou falar do Sport Lisboa e Benfica, mas sim da magia que é o futebol, o desporto mais espectacular e imprevisível do Mundo. Ninguém esquece a reviravolta na final da Champions League de 1999, onde o Manchester United deu a volta ao jogo nos descontos. Tal como ninguém esquece a final do Euro 96, em que Oliver Bierhoff entra e torna-se o ídolo dos alemães ao marcar os dois golos (o último no prolongamento) que derrotaram a República Checa.

Num plano muito mais micro, também nenhum Benfiquista vai esquecer o jogo de sábado e a aventura de Roberto, pois são estas novelas de final imprevisível que fazem do Futebol o desporto do povo. Quem no passado Sábado assistiu ao jogo do Sport Lisboa e Benfica, tanto no estádio como na televisão, assistiu a um dos melhores episódios de uma novela que se arrasta desde o primeiro jogo do Benfica na pré-época contra o Sion.

Esta novela não tem gémeas separadas à nascença, nem trios amorosos, mas tem um guarda-redes que custou 8,5 milhões e demonstrava muita falta de confiança, um treinador que acreditava que este guarda-redes era capaz de milagres, e um guarda-redes, até agora suplente, que esperava por uma oportunidade para “deitar abaixo” o menino 8,5 milhões.

Quando tudo se preparava para que Roberto fosse emprestado, este episódio veio dar um novo rumo à história. Foi uma daquelas reviravoltas que só são possíveis no futebol. Entre críticas a Roberto e bastantes aplausos para Júlio César  (até exagerados), o Benfica começou o jogo a ganhar. Mas ninguém esperava que Maxi Pereira e Júlio César ajudassem Roberto. Quando vi que era grande penalidade apenas pensei: “Se defende é herói. Se sofre golo o Benfica muito provavelmente não ganha o jogo (equipa ia ficar nervosa) e Roberto (mesmo sem culpa) ia ficar associado a nova derrota do Benfica”. Mas, a verdade é que, em apenas um lance de futebol, Roberto passou de “frangueiro” a herói.

Para mim, ele não pode ser tão mau como parecia, mas também não consigo ver Roberto como um grande guarda-redes só porque defendeu uma grande penalidade (Michael Thomas também marcou um golo que deu o título ao Arsenal e não é por isso que foi um grande jogador). Vejo nele qualidades mas também muitos problemas de confiança. Esta é a melhor oportunidade para segurar o lugar e mostrar o seu valor. Esta grande penalidade caiu do céu para Roberto, foi um presente de Deus.

Apesar de este ser um espaço dedicado ao Benfica, esta não é a história de Roberto, nem uma crónica a falar do Benfica, mas sim uma crónica a falar da beleza do futebol. É por tudo isto que eu amo este jogo.

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Roberto tem estado na mira dos benfiquistas

É com algum desânimo que começo a escrever a minha primeira crónica sobre o Sport Lisboa e Benfica na época 2010/2011. Após uma época em que a única desilusão foi a derrota com o Liverpool em Anfield Road por 4-1 e em que o Sport Lisboa e Benfica perdeu apenas dois jogos no campeonato, a época oficial 2010/2011 começou com uma derrota na Supertaça Cândido de Oliveira e duas derrotas no Campeonato Nacional, isto em apenas duas jornadas.

A equipa não será a mesma? Jorge Jesus não é o mestre da táctica? Será tudo culpa do menino 8,5 milhões?

Enumero aqui alguns problemas:

1. Começo pelo Guarda-Redes. Sofrer 6 golos em 3 jogos? Não percebo como Roberto custa 8,5 milhões e o Eduardo apenas 4 milhões e nós vamos comprar o mais caro. Não percebo como Roberto pode ser tão mau. Aliás, não acredito que Roberto seja assim tão mau. Mas também não acredito no Júlio César e no Moreira. Solução? Não sei.

2. Que defesa é aquela? Não se sabem posicionar numa bola parada? Andam desconcentrados? Acordem para a vida.

3. Que meio campo é aquele? Onde está o Javi? Aimar não aguenta mais de 30 minutos. Gaitan não é ala. Amorim que seria o substituto ideal de Ramires está em má forma. Carlos Martins que foi o melhor na pré-época não joga. Não percebo.

4. Ataque? Aquilo é um ataque? Apenas 2 golos marcados em 3 jogos? Cardozo ainda se mexe menos do que era normal. Saviola anda perdido. O jogador mais perigoso no ataque do Benfica é o seu defesa-esquerdo: Fábio Coentrão.

5. Forma Física: Parecem um bando de reformados. Quem os treina?

6. Dinâmica: Equipa não tem dinâmica, não se percebe como uma equipa que era muito móvel e imprevisível agora parece que não tem ideias. Jesus, desaprendeste?

7. Disciplina: Nem comento. Na Supertaça devíamos ter acabado o jogo com 8. Andam descontrolados?

8. A cara de Jesus. Onde está a arrogância que tanto me agradava? Agora olhamos para a cara de Jesus e parece que tem medo e não sabe o que fazer para mudar as coisas.

Eu continuo a acreditar em Jorge Jesus, Rui Costa, LFV e nos jogadores, mas algo tem de ser feito. Isto não é normal. E não é com contratações “à pressa” que vamos resolver os nossos problemas.

Continuo a acreditar que o Sport Lisboa e Benfica será campeão e que fará uma boa Champions League. Se eu acreditava que era possível recuperar uma eliminatória depois de perder em Vigo por 7-0, porque não vou acreditar que isto é apenas uma fase que será ultrapassada?

Força Benfica!

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Finalizada a época, a principal conclusão que podemos tirar é que o S.L. Benfica voltou a jogar “à Benfica” sendo que o mérito pertence em grande parte a Jorge Jesus. Mas, apesar do nome bíblico, não considero que aquilo que se passou este ano tenha sido fruto de um milagre. Foi, sim, fruto das capacidades e da inteligência de um grande treinador.

O primeiro mérito de Jesus está relacionado com a filosofia de jogo. O Benfica começou a jogar ao ataque, mostrando ser superior e não deixando o adversário respirar. Passou a pressionar no campo todo e a jogar 90 minutos com intensidade máxima. Os jogadores passaram a acreditar nas suas capacidades e que eram melhores de que o adversário. Ou seja, que a vitória chegaria mais cedo ou mais tarde. Resumindo, com Jesus o Benfica começou a jogar “à Benfica”.

Realce-se ainda a forma como Jesus “armou” a equipa e na forma como geriu o plantel.

Defesa

Jesus, tal como os antigos técnicos, apostou no guarda-redes mais experiente: Quim, que apesar de ser limitado deu segurança à defesa.

No quarteto defensivo, Luisão foi o líder e manteve a defesa calma e organizada. Jesus deu muito maior liberdade a David Luiz, que devido às suas capacidades físicas, conseguia subir e desequilibrar no ataque. Na defesa devido à sua rapidez conseguia dobrar e controlar os adversários mais rápidos.

Nas alas defensivas o Benfica sempre teve limitações, no entanto Jesus conseguiu que Maxi resolvesse, enquanto tinha força física, e que Amorim o substituísse, sempre que necessário (trocava raça e força física, por inteligência e qualidade de passe). Na esquerda descobriu Coentrão que, mais do que um defesa esquerdo, era um médio, o que tornou a ala esquerda do Benfica bastante ofensiva.

Meio – Campo

No meio campo temos de destacar o trabalho de Javi Garcia. Para mim foi o esteio de todo o futebol do Benfica. Só foi possível o adiantamento de Coentrão, Maxi e David Luiz devido às coberturas que eram feitas por Javi. Um jogador taticamente perfeito que lia o jogo de forma a que fosse possível o Benfica atacar com muitos sem perder o equilíbrio. 

E para além de defender, Javi também saia a jogar através de passe curto. Fazia o seu trabalho e depois deixava os restantes médios trabalharem um pouco. É caso para retribuir o gesto de amor ao Benfica pois os Benfiquistas também te amam.

Nos restantes médios incluímos Carlos Martins, Ruben Amorim, Pablo Aimar, Ramires, e claro Di Maria. Este merece um destaque pois sempre foi um jogar muito inconsequente e com Jesus não perdeu as suas características, a sua identidade, e começou a trabalhar para a equipa. Foi um dos jogadores mais importantes e desequilibradores da equipa. Junto com Coentrão constituiu uma ala esquerda temível.

Ataque

No ataque Jesus percebeu que o Benfica, devido ao futebol ofensivo praticado, precisava de uma referência mais física na área. Este posto foi muito bem ocupado por “Tacuara” Cardozo que se tornou melhor marcador do Campeonato e o melhor da Liga Europa (empatado com Pizarro). 

Mas este desempenho muito se deveu ao entendimento fantástico com Saviola. Saviola foi importantíssimo para fazer a ponte entre o meio campo e o ataque, ajudando a criar linhas de passe e espaço para os seus colegas entrarem na zona de finalização e marcarem.

Uma nota ainda para Weldon que quando foi chamado resolveu e ajudou o Benfica a alcançar pontos bastante importantes.

Adeptos

Jesus também soube gerir muito bem os Adeptos. Percebeu que estes poderiam empurrar a equipa e empenhou-se em acordar o vulcão adormecido. Esta gestão teve vantagens para a equipa de futebol ao nível da motivação, mas também para a saúde financeira do clube.

Conclusão: Goste-se ou não, o Sport Lisboa e Benfica é grande!

Nota: Peço desculpa aos jogadores, elementos da equipa técnica e dirigentes não referidos ao longo do texto, mas todos vocês também são campeões. Obrigado!

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A Lei Bosman afectou o futebol luso

O S.L. Benfica, como esperado, foi o justíssimo vencedor da Liga Sagres 2009/2010. Este título demorou a confirmar-se devido à excelente réplica do Sporting de Braga. Pode mesmo dizer-se que, face a épocas anteriores, a equipa minhota, com a pontuação actual, seria campeã. A mesma situação verifica-se também no país vizinho, em que o Barcelona e o Real Madrid, separados apenas por um ponto, já ultrapassaram esta época todos os recordes de pontos.

Mas porque acontecem estes recordes? Será isto positivo ou negativo? Estarão os “grandes” mais fortes ou os “pequenos” mais fracos? Será que a quantidade de pontos do S.C. Braga e do S. L. Benfica pode ser vista apenas como reflexo do grande desempenho destas duas equipas, ou isso terá também a ver com uma redução da competitividade do Campeonato Português?

Considero que a resposta a estas perguntas não é simples. Não é preto nem branco, mas sim cinzento. É óbvio que este facto é consequência do aumento de poder dos clubes “grandes”, e isso foi visível nas melhorias do S.L. Benfica nesta época.

Ao mesmo tempo é também um reflexo de uma menor competitividade dos clubes mais pequenos, e isso é muito visível em Espanha onde o Real Madrid aumentou de qualidade, mas o Barcelona reduziu a sua qualidade de jogo, suficiente no entanto para bater o recorde de pontos verificado na época passada.

O que podemos deduzir é que as assimetrias aumentaram, muito devido à Lei Bosman que enfraqueceu os clubes mais fracos. Com esta lei os clubes mais ricos começaram a ter mais facilidades para contratar jogadores e tornaram-se ainda mais fortes. Afinal podem comprar os melhores jogadores e jogar com 11 estrangeiros. Como podem os clubes portugueses fazer face a estas questões? Como poderá actuar o Benfica?

O desafio do Benfica coloca-se a dois níveis: a nível nacional, considero que a competitividade dos “grandes” vai aumentar, mas que o fosso para os “pequenos” também aumentará. Será mais difícil ser campeão, mas os 4 primeiros não terão grandes dificuldades nos embates com as equipas mais pequenas. A maior dificuldade será na Champions League, onde o nível de exigência é maior. É que o Benfica, apesar de rico em Portugal, vê o seu estatuto alterado na Europa onde entra em competição com outras equipas economicamente mais fortes.

Solução: A solução passa por uma maior aposta na prospecção e nas camadas jovens. Desta forma será possível garantir grandes valores antes de estes serem comprados pelos “tubarões”. Este processo vai permitir um incremento das vendas, e assim melhorar o poder de compra, o que poderá reduzir as necessidades de vendas e aumentar o poderio futebolístico do S. L. Benfica. Felizmente, penso que o Benfica já está a seguir este caminho, aliando um aumento dos patrocínios (quantidade e qualidade), uma melhor negociação das transmissões televisivas, e um aumento dos sócios e da venda de merchandising penetrando em novos mercados, como os E.U.A., Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, entre outros.

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Desde há uns anos que a temática das transmissões televisivas me apoquenta. Este fim de semana, a impossibilidade de assistir à final da Taça UEFA em Futsal voltou a irritar-me, pois não se compreende como a final de uma competição europeia, ainda por cima a ter lugar em Portugal, não é considerada de interesse público e não é transmitida na televisão pública.

Sim, podem dizer que passou na Benfica TV, mas os direitos eram da UEFA. Será que a RTP não podia pagar? E se os jogos da selecção são considerados de interesse público e como tal têm de passar em sinal aberto, os jogos importantes das modalidades não deveriam passar em canal aberto também? Mas isto passa-se há alguns anos, principalmente desde o aparecimento da Sport TV e, por esse motivo, vou recordar uma crónica minha escrita a 24 de Abril de 2007.
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“Longe vai o tempo em que o desporto era do Povo. Expressões como “Futebol é o desporto do Povo” tendem a cair em desuso. Hoje em dia para uma pessoa assistir a um espectáculo desportivo para além de disponibilidade, precisa de “capital”.

Para assistir a um espectáculo ao vivo, é necessária disponibilidade para a deslocação e capital para o bilhete. Como todos sabemos a maioria dos portugueses tem pouca disponibilidade e pouco dinheiro, ou seja, não têm o privilégio de assistir a um espectáculo ao vivo.

A solução dos portugueses foi sempre a mesma: ver desporto na televisão. Aproveitar a transmissão dos jogos de Futebol na RTP 1, agora na TVI, e assistir aos outros eventos desportivos nas tardes de fim-de-semana na RTP 2. Até que surgiu o “bicho-mau”, a Sport TV.

Com o surgimento da Sport TV e, agora, da Sport TV2, assistir a desporto na televisão descodificada é cada vez mais difícil. Só é possível assistir aos jogos das selecções nacionais, pois é considerado serviço público e por Lei têm que ser transmitidos por canais descodificados. Também é possível assistir a alguns, mas poucos eventos desportivos. Por exemplo, no Futebol podemos assistir a um jogo por jornada da Liga Betandwin na TVI, e da Liga dos Campeões na RTP, e a alguns eventos desportivos na RTP 2, mas poucos.

Actualmente, ver futebol é na Sport TV, ver Andebol é na Sport TV, ver Basquetebol é na Sport TV, agora até a Fórmula 1 já é na Sport TV, e daqui a uns anos até o jogo da malha é na Sport TV… ou seja, o desporto é para os ricos, e o povo se quer ver desporto pode sempre ver os eventos realizados no seu bairro, pois esses, por enquanto, ainda são gratuitos e resta-nos aproveitar o pouco desporto que ainda está acessível a todos.

O pior é que a Sport TV faz o que quer e nós temos que aceitar, ou seja, o Desporto que sempre foi do povo, que sempre foi livre para ricos e pobres está a tornar-se dos grandes “papões” do capital que vêem o desporto apenas como um meio de ganhar dinheiro e não como um meio de diversão, alegria, como um espectáculo.

Tenho pena mas esta é a triste realidade do Desporto em Portugal e no Mundo.”

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A equipa de Futsal do Benfica

Apesar de o futebol ser a vertente mais visível do S.L. Benfica, a verdade é que esta grande instituição tem feito um grande investimento em variadas modalidades e os resultados começaram a ser visíveis.

O Benfica começou por apostar forte nas modalidades individuais, com a contratação de atletas de renome, como a Vanessa Fernandes (Triatlo) e Telma Monteiro (Judo), e nas modalidades de pavilhão.

No futsal temos dominado a nível interno, apesar da grande réplica do Belenenses. Neste ano, estamos em terceiro no campeonato, mas ainda temos os play-offs. A nível europeu vamos jogar a final-4 da Champions, que terá lugar no Pavilhão Atlântico.

No Basquetebol, o investimento trouxe resultados na época passada, depois de muitos anos voltámos a ser campeões. Este ano estamos a dominar o campeonato, apesar de já termos perdido a Taça da Liga.

No Voleibol ganhámos o campeonato há uns anos, e este ano estamos na final do campeonato, tendo como adversário o Sporting de Espinho. Ao fim de dois jogos, o Benfica tem um parcial favorável de 2-0. Falta apenas ganhar um dos três jogos que faltam para podermos festejar.

Claro que nem tudo correu bem nas modalidades, e no Hóquei em Patins o domínio continua  a pertencer ao F.C. Porto. No entanto, o Benfica está na final four da Taça CERS, e uma vitória pode ajudar a salvar a época. Temos a base da selecção Europeia, logo temos de conseguir muito mais e dar mais luta ao F.C. Porto na luta pelo título.

Mas os grandes problemas aparecem noutras modalidades e alguns acontecimentos muito estranhos colocaram-me várias questões, como os que aconteceram no Departamento de Andebol e de Futsal do Benfica.

No Andebol, o grande problema foi o despedimento do Alexander Donner. Depois de termos sido campeões despedimos o treinador e os resultados nunca mais apareceram. No futsal fizeram o mesmo com Beto Aranha, a sorte foi que o plantel era tão superior à concorrência que o Benfica continuou a ganhar.

Estes despedimentos colocam-me várias questões. Será que as modalidades do Benfica são geridas com base no profissionalismo ou tendo em conta os interesses pessoais dos dirigentes, atletas, ou outros indivíduos da estrutura do Benfica? Esta questão é muito relevante, pois pode colocar em causa o sucesso e a sustentabilidade das modalidades que são geridas individualmente e devem ser auto-suficientes. O exemplo do Andebol deve ser visto como um alerta para todos os Departamentos do Benfica.

E será que este não é um problema nacional que afecta não apenas o desporto, mas toda a sociedade?

Nota: Peço desculpa, pois sei que deixei muitas modalidades de fora.

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Desde a passada quarta-feira, muito se passou no “Mundo Benfiquista” e o meu coração começa a ressentir-se disso. Neste momento devia poder meter baixa. O meu coração ainda está a 1000 à hora. Esta emoção toda desgasta uma pessoa, mas a alegria que o Benfica me tem dado ajuda a curar todas as doenças.

Liverpool – S. L. Benfica

Primeiro foi o jogo de Liverpool. Apesar de ter noção que a equipa estava cansada, sempre acreditei na vitória. Mas os maus prenúncios foram acontecendo. Primeiro, o pessoal “corta-se” e vamos apenas quatro ver o jogo. Depois, o restaurante marcado não ia transmitir o jogo. Lá arranjámos outro restaurante e começámos a ver o jogo.

O Benfica começou a dominar o desafio até que, numa fífia monumental, o Liverpool marca. Era a primeira “facada” no coração. Alguns minutos depois, uma falha na marcação, e o coração volta a sofrer. Chega o intervalo e eu continuo a acreditar, basta um golo para empatarmos a eliminatória.

Começa a segunda-parte e novo golo do Liverpool e eu continuava a acreditar. Se acreditei que era possível virar um 7-0, claro que acreditava na reviravolta do marcador. E é neste momento que Cardozo marca, as emoções ficam ao rubro e a esperança renasce. Novo livre à entrada da área, novo remate de Cardozo e a cabeça de Lucas impede o golo. Quase que chorava neste momento. Mas o pior aconteceu e Torres faz o 4-1 para o Liverpool. Apesar de a esperança ser a última a morrer, esta foi desaparecendo e desvaneceu por completo quando o árbitro apitou para o final do encontro.

Não fiquei chateado com a equipa, pois deram o máximo e sabia que na terça-feira o Benfica tinha um jogo decisivo para a conquista do objectivo primordial da época: o campeonato.

S.L. Benfica – Sporting

Decidi ver o jogo com o Sporting no Café do Jardim de Alverca, pois, até agora, os resultados tinham sido 100% positivos (vitórias frente ao Porto e Braga). Sento-me na bancada central do café a ver o jogo e, logo para começar, o Jorge Jesus dá-me a primeira facada: Éder Luís joga a titular. Eu não tenho nenhum ódio em particular contra este jogador, mas já todos perceberam que neste momento ele não rende, só corre e nada de futebol.

Depois, a primeira parte correu muito mal ao Benfica, mas consegui manter a calma, pois o jogo estava empatado e esse resultado até era positivo para o Benfica. No entanto, havia sempre uma esperança de vitória. Benfiquista acredita sempre.

Começou a segunda parte, o Benfica controla o jogo (estava a jogar o Aimar no lugar do Éder Luis) e vejo que é possível ganhar os três pontos e aproximarmo-nos do título. É neste momento que Ruben Amorim faz uma jogada espectacular, centra para a área, Aimar não chega, mas a bola sobra para Coentrão que remata cruzado e na área aparece o “coxo” Cardozo e GOLOOOOOOOOOOOO. Aqui o meu coração volta a sofrer, mas desta vez de alegria. Passados alguns minutos, passe de Ramires para a desmarcação de Aimar, este finta Patrício (que sai muito mal da baliza) e marca o segundo. Aqui tive a certeza de mais uma vitória e o meu coração finalmente pode descansar.

Notas:

1. Benfiquistas, tenham calma que ainda não somos campeões. Sou muito pragmático.

2. Não se preocupem com o meu estado de saúde, pois apesar de todo o sofrimento era dos “gajos” mais calmos que estava no café.

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