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Archive for the ‘Liga Sagres’ Category

Magrão foi um dos reforços do Sporting 2013/14

Magrão foi um dos reforços do Sporting 2013/14

Há uma coisa que me faz grande confusão na construção de alguns plantéis.

Para começar, devo admitir que não vejo quaisquer vantagens em fundos de investimento. Diluem o investimento inicial, é certo, mas também diluem o lucro. Aliás, o caso Rojo é um exemplo perfeito: se o Sporting tiver de pagar os tais 75% à Doyen, e se somarmos os ordenados entretanto pagos ao argentino, vamos acabar por perceber que os verde-e-brancos terão prejuízo entre o deve e haver. Isto faz sentido? Adiante…

Para mim, o segredo do sucesso é muito simples: compra-se a x e vende-se a y. E se, em cada cinco jogadores, três forem bem vendidos, teremos sempre lucro. E isto ainda é mais potenciado em jogadores da formação/equipa B como sucedeu recentemente com Bruma ou Ilori no Sporting ou Bernardo Silva e André Gomes no Benfica.

Nesse seguimento, entendo que um plantel tem de ser formado por três camadas: formação, jogadores que já deram cartas em equipas médias da Liga e craques.

A quantidade de cada “sector”, vai depender da realidade de cada equipa, ou seja, o Benfica e o FC Porto, mais desafogados financeiramente, poderão apostar mais em craques, enquanto o Sporting terá de se apoiar mais na formação e nos “Jeffersons”. Mas o princípio tem de ser este.

Ora, é aqui que eu não percebo alguns modos de actuar e vou pegar no exemplo prático do Sporting. Não está aqui em questão a margem de progressão de Sarr ou Sacko, por exemplo, mas faz sentido comprar os dois franceses por um total de dois milhões de euros quando existem Tobias Figueiredo e Iuri Medeiros ou Podence nos quadros? Faz sentido ir buscar Rosell por mais um milhão de euros, se algo próximo desse valor permitiria aos leões irem buscar um valor seguro e rotinado em Portugal como Danilo Pereira? Faz sentido terem dificultado a saída de Diego Capel no último Verão, quando este está agora longe das primeiras opções e ganha o ordenado que ganha?

Andando um ano e meio para trás, também posso perguntar: É muito difícil identificar jogadores como Yohan Tavares, Marcelo, Evandro, Soudani, Luís Leal ou Carlos Eduardo e tê-los contratado no Verão de 2013? Será que não se traduziria num upgrade inequívoco ao plantel do SCP e a custo de duas vendas de alguns excedentários como Rinaudo e Capel?

Depois, há ainda a detecção de talento internacional, onde faz-me confusão a “cegueira” que existe em Portugal para com grande parte do mercado internacional. Se eu com um computador e acesso à internet consegui descobrir uma centena de craques antes deles aparecerem em campeonatos de maior relevo como Jackson Martínez, Mandzukic, Kramaric, Kakitani, Bas Dost, Vrsjalko, Bony ou Courtois, como é que supostos scouts de alto nível continuam a falhar na detecção de talento? Ou pelo menos a terem um índice de aproveitamento baixíssimo?

Não posso fugir à realidade de que o Sporting tem um orçamento mais baixo que os rivais e, como tal, menos armas para esgrimir, mas também não posso deixar de achar que podia ter sido feito muito melhor com as armas ao dispor.

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Ewerton deverá pegar de estaca nos leões

Ewerton deverá pegar de estaca nos leões

Depois da saída de Maurício para a Lazio, o Sporting não perdeu tempo e rapidamente assegurou um substituto, mais concretamente o também brasileiro Ewerton, futebolista que se encontrava no Anzhi Makhachkala, da segunda divisão russa.

Nascido a 23 de Março de 1989, em Penedo, Brasil, Ewerton José Almeida Santos destacou-se no ASA, de Alagoas, isto antes de rumar ao futebol europeu e ao Sporting de Braga, clube que representou em 2011/12 e onde somou 31 jogos e dois golos. Nessa altura, as suas exibições mereceram a cobiça de FC Porto e Benfica, mas o defesa-central acabou por optar pelo futebol russo e pelo Anzhi.

Essa opção de carreira, contudo, acabou por não revelar-se a mais acertada e Ewerton, desde 2012/13, apenas somou 36 jogos e dois golos pelo emblema russo, sendo que, esta temporada, já com o Anzhi na segunda divisão russa, foram apenas seis as partidas oficiais realizadas pelo jovem de 25 anos, isto muito por culpa de uma grave lesão nos ligamentos do tornozelo, da qual já está recuperado.

Tem talento e qualidade para vingar em Alvalade

Não obstante o insucesso por terras russas, também acentuado pela propensão de Ewerton para algumas lesões e problemas físicos, a verdade é que, em condições normais, estaremos perante um jogador que terá tudo para pegar de estaca no eixo defensivo leonino, ao lado de Paulo Oliveira.

Esquerdino, como seria preferencial para fazer companhia ao destro internacional sub-21 português, Ewerton destaca-se pela grande qualidade no jogo aéreo, onde os seus 188 centímetros são decisivos, mas também por ser relativamente rápido, muito inteligente em termos posicionais e forte no desarme, antecipação e lances de um contra um.

Tecnicamente, também estamos perante um jogador acima da média, assumindo-se Ewerton como um jogador capacitado para sair com bola desde trás, algo que era uma lacuna gritante na equipa leonina e que deverá ser agora suprimida pelo brasileiro.

Ora, perante os números previstos para a sua contratação definitiva (1,5 milhões de euros) e acreditando que Ewerton consegue reencontrar-se em Lisboa com as exibições que mostrou na Pedreira, é certo que o Sporting fez aqui uma excelente contratação no binómio custo/qualidade.

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Penafiel e Gil Vicente não têm qualidade suficiente para uma Primeira Liga

Penafiel e Gil Vicente não têm qualidade suficiente para uma Primeira Liga

A necessidade de reintegrar o Boavista no principal escalão do futebol português levou a Liga a optar pelo alargamento do campeonato nacional, voltando a Primeira Liga a apresentar as 18 equipas que haviam sido a sua imagem de marca entre 1991/92 e 2005/06.

Saindo automaticamente do terceiro para o primeiro escalão do futebol luso, pensou-se que o emblema axadrezado poucos pontos conseguisse fazer neste seu regresso à elite, mas a verdade é que o conjunto orientado por Petit segue para já num tranquilo 12.º lugar, a cinco pontos da linha de água, em algo que se traduz em mérito do jovem técnico, mas, também, num problema estrutural da Liga Portuguesa e que passa pela pouca competitividade que existe ao nível de muitas das equipas do principal escalão.

Ontem, por exemplo, quem assistiu ao Penafiel-Benfica, percebeu que um conjunto encarnado desfalcadíssimo e com uma exibição extremamente desinspirada, conseguiu ainda assim vencer por 3-0 e isto sem passar por praticamente nenhum calafrio. Era o mesmo conjunto duriense, que, por exemplo, havia perdido em casa por 4-0 e 6-1, com Sporting e Sporting de Braga, respectivamente.

12 equipas seriam suficientes para o nosso campeonato

O Penafiel, ainda assim, está muito longe de ser exemplo único num campeonato nacional onde também equipas como o Gil Vicente, Vitória de Setúbal e o próprio Boavista (independentemente do excelente pecúlio pontual) estão muito longe do nível desejado para um primeiro escalão, isto numa análise que ainda se deve alargar a outros emblemas que, apesar de estarem uns ligeiros furos acima dos clubes citados, como Arouca e Académica, também não parecem reunir o desejável para uma prova de elite.

Esta análise, à primeira vista, convida-nos a definir facilmente a quantidade de equipas que deveriam disputar a Primeira Divisão, sendo que me parece que 12 emblemas seriam suficientes para uma prova mais competitiva e imprevisível, que potenciaria as receitas televisivas e a exportação do nosso futebol, em virtude do maior incremento de jogos de qualidade.

12 clássicos por época

O mais adequado modelo a implementar, na minha opinião, passaria por uma Liga dividida a duas fases, com uma primeira fase de 22 jornadas, ou seja, de todos contra todos, enquanto a segunda fase seria então dividida em dois grupos, com os primeiros seis a jogarem para o título e competições europeias, enquanto os últimos seis tentariam evitar os dois últimos lugares, que dariam direito à despromoção.

Para essa segunda fase, cada equipa levaria metade dos pontos averbados nas 22 primeiras jornadas, sendo que, ao jogarem todos contra todos em cada grupo, isso proporcionaria mais 10 jornadas a cada um dos emblemas, o que garantiria um total de 32 jornadas (apenas menos duas que actualmente) e muito mais jogos de qualidade, sendo relevante perceber que, em condições normais, teríamos sempre 12 clássicos por época a envolver FC Porto, Benfica e Sporting.

Segunda Liga dividida por zonas

O mesmo modelo (22 jornadas + 10 jornadas), aliás, seria implementado na Segunda Liga, ainda que, aqui, com uma nuance muito importante e que passaria pela divisão do segundo escalão em Zona Norte e Zona Sul, ambas com 12 equipas, isto numa medida que além de diminuir a distância das deslocações e, por conseguinte, dos gastos a serem feitos pelos clubes, também fomentaria maiores rivalidades locais.

Quanto às subidas e descidas, tudo muito simples, subindo ao primeiro escalão o líder de cada uma das zonas e descendo ao Campeonato Nacional de Seniores os dois últimos de cada agrupamento, num total de duas subidas e quatro descidas. É tão fácil melhorar o futebol português…

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Léo seria excelente reforço para o Sporting

Léo seria excelente reforço para o Sporting

Numa fase em que muito se fala da possibilidade do Sporting avançar para a contratação de um defesa-central no próximo mercado de Inverno, um dos jogadores que foi colocado na rota de Alvalade foi o brasileiro Léo, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro que, na verdade, poderia ser um reforço de luxo para os verde-e-brancos.

Nascido a 30 de Junho de 1988 em Belo Horizonte, Brasil, Leonardo Renan Simões de Lacerda “Léo” é um produto das camadas jovens do Grémio, emblema pelo qual se estreou no futebol sénior em 2007, tendo passado depois pelo Palmeiras e, desde 2010, pelo Cruzeiro.

No clube mineiro, aliás, Léo tem conhecido grande sucesso individual e colectivo, somando um total de 160 jogos e 15 golos e tendo conquistado o campeonato brasileiro em 2013 e 2014.

Central de grande qualidade

Pelas suas características, o defesa-central de 26 anos iria encaixar que nem uma luva no eixo defensivo do Sporting, uma vez que iria oferecer a forte capacidade no jogo aéreo defensivo que apenas Naby Sarr consegue dar aos leões, mas, ao contrário do internacional sub-20 francês, iria igualmente dar segurança junto ao relvado, isto em virtude do seu inteligente posicionamento (uma pecha de Sarr) e da eficácia nos lances de um contra um.

Relativamente rápido e com boa qualidade técnica, Léo é ainda um jogador que poderia assumir-se como muito importante na saída de jogo dos leões desde trás, sendo igualmente de referir a elevada capacidade goleadora do brasileiro, que aparece muitas vezes a finalizar lances de bola parada ofensiva.

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Marco Silva colocou o Sporting a jogar um futebol atractivo

Marco Silva colocou o Sporting a jogar um futebol atractivo

Ao nível do campeonato nacional, o Sporting não está a apresentar os resultados que eram desejados para uma equipa que anunciou a sua candidatura ao título, uma vez que 20 pontos em 33 possíveis não são o exigível para as ambições verde-e-brancas, mas a verdade é que se percebe que o leão, ainda assim, está no bom caminho e a principal razão para isso está sentada no banco em todos os jogos e chama-se Marco Silva.

Afinal, o jovem treinador português, em contraste com o que sucedeu em 2013/14 com Leonardo Jardim, colocou o Sporting a jogar um futebol de grande qualidade de construção, de pendor ofensivo e com várias soluções estratégicas. Aliás, o que se exige a uma equipa grande, sendo que os verde-e-brancos têm conseguido jogar olhos nos olhos com os adversários mais fortes, tal como se tem visto nos jogos de maior grau de dificuldade, seja em Portugal ou no estrangeiro.

Podendo levar o Sporting a ser o único clube português que chegará a 2015 nas três frentes: Competições Europeias, Campeonato Nacional e Taça de Portugal, é certo que Marco Silva tem tido maiores dificuldades em jogos em que tem de enfrentar adversários mais fechados, ainda que, aí, também seja justo recordar que Leonardo Jardim teve vantagens que o ex-técnico do Estoril não experimentou.

Jardim beneficiou da falta de respeito dos adversários

Um dos grandes trunfos que Leonardo Jardim teve durante quase toda a primeira volta de 2013/14 passou pela atitude das equipas que defrontavam o Sporting, uma vez que a má temporada de 2012/13, em que os leões ficaram em sétimo lugar, aliada ao desinvestimento implementado por Bruno de Carvalho, fez com que qualquer Arouca viesse a Alvalade de peito feito e com o intuito de disputar o jogo pelo jogo.

Aliás, é sintomático que, durante a primeira volta, o Sporting tenha conseguido inúmeras goleadas em Alvalade, e isso mesmo jogando com uma estratégia apoiada no controlo do jogo e de pouco risco. Depois, quando as equipas começaram a respeitar o Sporting, Leonardo Jardim começou a ter muito maiores dificuldades em desmontar as defesas contrárias e os leões começaram a perder mais pontos.

Inegável, também, é a falta que Marcos Rojo está a fazer a este Sporting, sendo que o internacional argentino foi sinónimo de solidez no sector defensivo verde-e-branco em 2013/14, tanto pela eficácia em que resolvia os problemas no eixo, como, ao mesmo tempo, pela capacidade que tinha em dobrar as subidas de Jefferson pela esquerda, algo que nem Naby Sarr, Paulo Oliveira ou Maurício conseguem fazer com um terço da competência.

Há espaço para melhorar

É certo que Marco Silva ainda precisa de evoluir em alguns aspectos, sendo que um deles passa pelo excessivo romantismo que por vezes apresenta e que faz com que seja incapaz de recuar um pouco as linhas em fases terminais das partidas, situação que já lhe roubou pontos em jogos como o da Académica (1-1), Maribor (1-1) ou Schalke 04 (3-4), ainda que, neste último, a culpa recaia mais sobre uma decisão desastrada do árbitro dessa partida.

Aliás, perante a menor qualidade global do sector defensivo do Sporting, em relação a 2013/14, isto sem esquecer a acentuada quebra de rendimento de William Carvalho, que, valha a verdade, está com dificuldades em adaptar-se a uma estratégia de jogo mais ofensiva, torna-se imperioso que, em algumas ocasiões, Marco Silva seja capaz de jogar menos bonito durante cinco ou dez minutos de certas partidas.

Não tem de ser regra, como chegou a ser com Leonardo Jardim, o que chegava a ser exasperante, mas tem de ser um dos mandamentos do jovem técnico de 37 anos.

Jogadores a crescer

Ainda assim, é uma verdade inquestionável que o Sporting é agora uma equipa mais atractiva e com elevadíssima margem de progressão, algo que não sucedia na temporada passada, quando a equipa terminou a campanha espremidíssima e dando a ideia de que, a partir dali, seria sempre a descer.

Os primeiros passos estão dados, com a equipa verde-e-branca, finalmente com um técnico com perfil de “equipa grande” no leme a apresentar um futebol mais exigente (isso também explica um pouco os pontos perdidos), mas muito mais satisfatório para os adeptos, que percebem que a equipa e os próprios jogadores (Carrillo é o exemplo mais sintomático) estão a crescer com Marco Silva.

Neste momento, afinal, a equipa recuperou a alegria de jogo que, em 2013/14, foi se esvaindo à medida que a época avançava e os adversários iam compreendendo a rígida concepção de jogo de Leonardo Jardim, sendo que a forma como a equipa verde-e-branca está a evoluir parece indicar que o futuro será risonho tanto para o Sporting como para o seu timoneiro Marco Silva.

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Evandro pouco tem jogado no FC Porto

Evandro pouco tem jogado no FC Porto

Numa temporada em que o FC Porto fez um forte investimento para tentar recuperar o título que perdeu em 2013/14 para o Benfica, a grande maioria dos reforços chegou oriunda do estrangeiro, sendo que apenas três jogadores escaparam a essa ditadura, mais concretamente Rúben Neves, que veio das camadas jovens, assim como Ricardo (ex-Académica) e Evandro (ex-Estoril).

Sobre o médio-ofensivo brasileiro, aliás, depositavam-se enormes expectativas, uma vez que se tratava de um jogador que havia sido crucial nas boas campanhas do Estoril em 2012/13 (5.º lugar) e 2013/14 (4.º lugar), sendo deveras conhecido o interesse do Sporting, clube, onde, admita-se, Evandro encaixaria que nem uma luva na posição de médio mais adiantado no terreno, fosse em 2013/14 (onde deveria ter sido contratado ao invés de Gerson Magrão) ou 2014/15 (onde voltaria a merecer o investimento, ao invés do dinheiro gasto em jogadores como André Geraldes, só para dar um exemplo).

Certo é que Evandro está muito longe de ter o impacto no FC Porto que teve no Estoril, sendo que o brasileiro de 28 anos apenas soma 247 minutos de utilização divididos por oito jogos (dois como titular), algo que contrasta em absoluto com a utilização regular no emblema canarinho, onde somou, em duas épocas, 73 jogos e 16 golos.

Situação é uma constante em tempos recentes

Inegável, também, é que o caso de Evandro é apenas mais um exemplo de algo que tem saltado à vista nas últimas temporadas e que passa pela dificuldade dos jogadores recrutados na Liga Portuguesa se imporem quando dão o salto para o FC Porto. Afinal, o “keeper” Ricardo, outro reforço para esta temporada, ainda nem sequer se estreou em jogos oficiais e o regresso aos trabalhos de Helton deverá transformá-lo mesmo no 4.º guarda-redes da hierarquia, o que deve valer-lhe a saída já em Janeiro.

Depois, se recuarmos à temporada passada, chegamos à curiosa constatação que quase nenhum dos jogadores então contratados pelo FC Porto na Liga se mantêm na equipa azul-e-branca. De facto, Josué (contratado ao Paços de Ferreira) foi emprestado ao Bursaspor; Licá (contratado ao Estoril) foi emprestado ao Rayo Vallecano; Ghilas (contratado ao Moreirense) foi emprestado ao Córdoba; e Carlos Eduardo (contratado ao Estoril), foi emprestado ao Nice.

Desse leque, aliás, restam dois jogadores: Ricardo e Tiago Rodrigues, mas a verdade é que a dupla contratada ao V. Guimarães está longe de ter grande destaque no FC Porto, com o lateral/extremo a continuar muito longe das principais escolhas de Lopetegui e o médio-centro a penar no FC Porto B.

Pressão é maior sobre os portugueses

Mas o que é que justifica este eclipse de muito jogadores que, noutros clubes portugueses, eram vistos como verdadeiras mais-valias e com condições para se imporem nos “três grandes”? Existem vários motivos que podem ajudar a compreender este fenómeno, sendo que o primeiro começa logo nos próprios adeptos, que têm maior facilidade em ter tolerância zero em jogadores que já conhecem (principalmente se forem portugueses), colocando em cima deles uma pressão excessiva sobre os seus ombros, isto enquanto, por exemplo, muitos craques consagrados também estiveram abaixo das suas capacidades em 2013/14, mas foram bem mais “protegidos”.

Depois, e mesmo que eu não queira acreditar que o FC Porto os contratou apenas por esse motivo, parece que também é estratégica a contratação de alguns futebolistas na Liga Portuguesa que a SAD azul-e-branca acredita que possam se assumir como mais-valias nos rivais, sendo sintomático que a grande maioria dos futebolistas contratados entre o Verão de 2013 e 2014 estiveram apontados ao Sporting, como são os casos de Josué, Licá, Ghilas, Evandro ou Carlos Eduardo.

Por fim, e devido à vontade de recuperar imediatamente o título nacional, o FC Porto fez um forte investimento financeiro na actual temporada, algo que permitiu aos azuis-e-brancos recrutar inúmeros jogadores de renome no estrangeiro. É certo que alguns, como Adrián López, estão muito longe de estarem a justificar a forte aposta do FC Porto no seu concurso, mas, nas horas das decisões, será sempre mais fácil dispensar/emprestar um “Licá”, que custou um milhão de euros, do que um internacional espanhol pelo qual os azuis-e-brancos investiram 11 milhões de euros por 60% do passe. A corda, afinal, quebra sempre pelo lado mais frágil.

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João Afonso estará a ser seguido pelo Sporting

João Afonso estará a ser seguido pelo Sporting

Mora em Guimarães uma das revelações da edição 2014/15 da Liga Portuguesa e um dos jogadores de quem se diz estar a ser alvo de observações do Sporting rumo a um potencial avanço na reabertura de mercado, em Janeiro. Falamos do defesa-central João Afonso.

Nascido a 28 de Maio de 1990 em Castelo Branco, João Ricardo Silva Afonso iniciou a sua carreira futebolística no Bairro do Valongo (1999 a 2004), passando depois para o Desportivo de Castelo Branco (2004 a 2007) e, posteriormente, para o Benfica de Castelo Branco (2007 a 2014), clube onde explodiu essencialmente na última temporada (2013/14), onde, ao longo de 34 jogos (um golo), foi um dos esteios de uma equipa albicastrense que ficou muito próxima de subir à Liga de Honra (perdeu no playoff de subida com o Vitória de Guimarães B).

Aliás, talvez tenha sido mesmo esse duplo confronto diante da equipa secundária dos vimaranenses que terá convencido em definitivo os “conquistadores” a avançarem para a sua contratação neste Verão, sendo que João Afonso rapidamente se adaptou a uma realidade competitiva superior, assumindo-se como peça fundamental no eixo defensivo do Vitória de Guimarães, onde soma 10 jogos e dois golos.

Como joga?

Com 188 cm e 80 kg, é sem surpresa que João Afonso é muito forte no jogo aéreo (seja ofensivo como defensivo) e eficaz nos duelos individuais, sendo também relevante lembrar que o jovem de 24 anos é muito eficaz na marcação homem a homem, raramente tendo desconcentrações nesse capítulo.

Não sendo um prodígio de técnica, é um jogador com alguma competência a sair com a bola controlada, ainda que se sinta mais à vontade a jogar ao lado de um colega mais móvel e que domine melhor esse aspecto específico.

Inteligente em termos posicionais e na gestão do espaço, é também por isso que consegue compensar o facto de não ser propriamente rápido, ainda que seja notório que tem mais problemas em lidar com atacantes mais rápidos e móveis do que com pontas de lança mais posicionais.

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Bruno Moreira destaca-se no Paços

Bruno Moreira destaca-se no Paços

Mora em Paços de Ferreira aquele que, neste momento, é o melhor marcador português da Liga, mais concretamente Bruno Moreira, avançado de 27 anos que soma actualmente seis golos na prova.

Curiosamente, surgiu este ano nos pacenses depois de várias épocas de menor fulgor, onde pouco jogou e facturou no Nacional (2012/13 – 13 jogos, 1 golo); CSKA Sófia (2013/14 – 11 jogos, 1 golo); e mesmo no secundário Desportivo de Chaves (2014 – 8 jogos).

Certo é que a aposta da equipa da Mata Real não podia estar a revelar-se mais acertada, com o atacante a escolher os “castores” para finalmente explodir ao nível de uma primeira divisão, sendo que os oito golos que soma esta temporada (há que contabilizar mais dois apontados na Taça de Portugal) já se assumem como o seu segundo melhor registo de sempre na carreira, apenas superados pelos 15 que apontou pelo Moreirense em 2011/12, então na Liga de Honra

Como joga?

Bruno Moreira é um jogador que sabe perfeitamente o que fazer na área, notando-se que tem escola, ou não tivesse passado pelas camadas jovens de clubes como o FC Porto e Sporting de Braga, assim como pelas selecções nacionais de sub-16 e sub-17.

Possante e com forte presença na área, trata-se de alguém que se percebe, igualmente, que passou inúmeras temporadas nos escalões secundários, algo que lhe permitiu absorver um espírito guerreiro que lhe tem sido muito útil nesta passagem por Paços de Ferreira.

No passado, é certo, tinha como maior pecado o facto de lhe faltar frieza na hora de rematar à baliza, acabando por não apresentar uma eficácia consentânea com o seu intenso trabalho dentro das quatro linhas. Ainda assim, parece que o português parece ter conseguido finalmente melhorar o seu “killer instinct”, como se tem percebido facilmente nos “castores”, onde apresenta, por larga margem, a melhor média de golos da carreira: quase 1 golo/jogo.

Clube médio-alto e, quiçá, a selecção

Sabendo-se que os “três grandes” raramente apostam na contratação de jogadores portugueses com a idade de Bruno Moreira se estes não tiverem um outro “estatuto”, dificilmente poderá passar por esse patamar o futuro próximo do ponta de lança. Ainda assim, parece claro que o atacante poderá ambicionar atingir um clube luso com outros pergaminhos, nomeadamente da chamada “classe média-alta”.

Não utópica, por outro lado, também poderá ser vista uma eventual chamada à selecção nacional, uma vez que é clara a falta de opções para a posição “nove”, sendo que Éder (cinco golos em 2014/15), único real ponta de lança que foi chamado à “Equipa das Quinas” nos últimos tempos, até tem apresentado um rendimento inferior ao avançado pacense.

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Jesus pagou pelas cautelas no Dragão

Jesus pagou pelas cautelas no Dragão

Em apenas duas jornadas, o Benfica perdeu cinco pontos e deixou-se ultrapassar pelo FC Porto no topo do campeonato nacional, contudo, se com o Estoril o empate se deveu, principalmente, ao mérito da equipa canarinha, tudo se alterou no duelo contra os dragões, pois aí o Benfica acabou por pagar a sua fraca ambição ao longo dos noventa minutos.

É verdade que o Benfica controlou completamente o jogo e que o FC Porto raramente conseguiu incomodar Artur, sendo que, na segunda parte, o único aviso antes do golo de Kelvin  surgiu num lance em que James Rodríguez partiu de posição irregular. Ainda assim, custa a perceber a falta de risco de Jorge Jesus, que nem quando os azuis-e-brancos arriscaram tudo, procurou, sequer, explorar o contra-ataque.

Na verdade, o técnico encarnado preferiu dar a ideia para dentro de campo que o único objectivo do Benfica passava pelo empate e esse momento surge principalmente quando troca Gaitán por Roderick. Nesse momento, Jesus mostrava que vencer não era objectivo e, de certa forma, abriu espaço para que Vítor Pereira se lançasse de forma ainda mais decidida na procura de uma vitória.

Foi uma derrota inglória, é certo, mas também é o culminar de dois aspectos que têm acompanhado o Benfica de Jorge Jesus. Um, desde sempre, e que passa pelo intenso desgaste físico e psicológico que as águias apresentam nesta fase da época. O outro, desde um fatídico Liverpool-Benfica para a Liga Europa, quando Jorge Jesus deixou de ser o treinador que pretendia fazer do Benfica um rolo compressor durante os noventa minutos e passou a gerir muitos jogos com demasiadas cautelas, situação que, valha a verdade, ainda não lhe trouxe qualquer benefício prático.

Talvez Jorge Jesus tenha pensado que esse futebol extremamente ofensivo que utilizou durante a maior parte da época 2009/10 o afastasse das grandes conquistas e que podia fazer dele um novo “Peseiro”, ou seja, um treinador muito atacante e vistoso, mas condenado a não conquistar títulos. Ironia das ironias, têm sido esses temores que o têm afastado dos títulos nas últimas épocas e que o têm feito morrer muitas vezes na praia, como acontecia com o actual técnico arsenalista.

Que o duelo no Estádio do Dragão sirva de exemplo ao técnico encarnado e que este, na quarta-feira, apareça em Amesterdão com uma equipa ofensiva e segura de si. Só um treinador com mentalidade “à Benfica” poderá afastar finalmente a maldição de Guttmann e Jesus precisa de se reencontrar com o seu “eu” de 2009/10, que era o único que preenchia esses requisitos.

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Josué seria uma mais-valia para o novo Sporting

Josué seria uma mais-valia para o novo Sporting

van Wolfswinkel já partiu e, por certo, muitos outros vão abandonar o plantel verde-e-branco. Alguns como Boulahrouz, Jeffrén ou Adrien Silva dificilmente deixarão saudades na massa associativa leonina, contudo, as previsíveis saídas de elementos como Rui Patrício, Diego Capel ou mesmo Bruma prometem deixar a família sportinguista à beira de um ataque de nervos e de uma claro medo do futuro.

Ainda assim, penso que não há razões para temores gigantescos. Se houver critério e se souber escolher, é perfeitamente possível fazer uma equipa que possa lutar pelo terceiro lugar na próxima temporada e que garanta, pelo menos, o quarto lugar da classificação geral.

Muitos de vós vão dizer que o quarto lugar não é um lugar à “Sporting” e que mesmo o terceiro é limitado para aquilo que deviam ser as ambições verde-e-brancas. Contudo, desde 2009/10, passaram-se quatro temporadas e, em duas delas, os leões ficaram em quarto lugar, nesta vão ficar na mais remota e positiva das hipóteses no quinto e, em 2010/11, é verdade que os verde-e-brancos atingiram o terceiro lugar, mas foi in extremis e devido ao Sporting de Braga ter priorizado a campanha europeia nessa temporada (atingiu a final da Liga Europa).

Se a isto acrescentarmos que o orçamento nessas temporadas foi sempre superior ao que vamos ter em 2013/14, concluímos que o quarto lugar deve ser apontado como o objectivo mínimo, esperando, obviamente, poder lugar por algo superior a isso. Realisticamente, superior ao quarto só existe o terceiro, pois FC Porto e Benfica, por mais que possa custar aos verde-e-brancos, estão num patamar inalcançável na actualidade.

Assim sendo, há que preparar um plantel menos oneroso e que privilegie a evolução. Ou seja, a aposta tem de ser feita em jogadores jovens que possam evoluir e não em jogadores que apesar de poderem dar um incremento de qualidade a curto-prazo, não possam ser rentabilizados. A crise financeira não o permite.

Nesse sentido, torço o nariz a contratações de jogadores como Edinho, Cícero ou Hugo Viana. Existem alternativas mais jovens, e com margem de progressão bem mais promissora. Para o ano vai existir uma espécie de ano zero em Alvalade e um ano zero só faz sentido se houver um projecto de crescimento sustentado assente nessa primeira pedra. É assim que penso e seria assim que formaria o plantel do Sporting para 2013/14.

Num mero exercício hipotético e pegando no tal plantel de 20 jogadores que Bruno de Carvalho quer implementar na próxima época, este seria uma hipótese perfeitamente viável para um orçamento de 20 milhões de euros, que se pensa ser a base de 2013/14.

  • Guarda-Redes: Marcelo Boeck e Douglas (ex-V. Guimarães)
  • Lateral-Direito: Miguel Lopes e Cédric Soares
  • Lateral-Esquerdo: Jefferson (ex-Estoril)
  • Defesa-Central: Marcos Rojo, Tiago Ilori, Eric Dier e Steven Vitória (ex-Estoril)
  • Médio-Defensivo: Rinaudo e Gonçalo Santos (ex-Estoril)
  • Médio-Centro: André Martins e Schaars
  • Médio-Ofensivo: Labyad e Josué (ex-Paços de Ferreira)
  • Extremo/Avançado: André Carrillo, Bruma e Viola 
  • Ponta de Lança: Ghilas (ex-Moreirense) e Suk (ex-Marítimo)

Perante um plantel curto como o previsto, é preciso apostar na polivalência de alguns jogadores e mesmo as posições que foram pensadas com apenas um jogador (lateral-esquerdo), terão sempre em mente a possibilidade de haver jogadores que, não tendo essa como posição prioritária, poderão lá actuar, como é exemplo Marcos Rojo (a lateral-esquerdo).

Para além disso, existe sempre a equipa B, e, para a próxima temporada, futebolistas como Zezinho, João Mário, Ricardo Esgaio, Diego Rubio ou Vítor Golas seriam chamados sempre que necessário, promovendo-se, dessa forma, uma motivação extra para a equipa secundária, pois, com um plantel principal mais curto, os recrutamentos à equipa B serão naturalmente mais frequentes.

Obviamente que a manutenção de jogadores com elevado potencial como Bruma, Labyad, Carrillo, Dier, Ilori ou Marcos Rojo, para além da aquisição de outros como Josué ou Ghilas terá um custo elevado para um orçamento limitado, todavia, convenhamos que, mesmo com um orçamento de cerca de 20 milhões, será possível fazê-lo desde que se abdique dos jogadores que eu passo a citar.

Para vender porque é impossível mantê-los

  • Rui Patrício
  • Diego Capel

Para vender porque o rendimento/vencimento não justifica a sua permanência no clube

  • Adrien Silva
  • Jeffrén
  • Elias (está emprestado ao Flamengo, mas seria importante conseguir fazer já algum encaixe)
  • Gelson Fernandes (está emprestado, mas seria importante conseguir fazer já algum encaixe)
  • André Santos (actualmente emprestado ao Deportivo, a cedência termina no final da época e seria importante tentar fazer um encaixe, mesmo que mínimo)
  • Diogo Salomão (actualmente emprestado ao Deportivo, a cedência termina no final da época e seria importante tentar fazer um encaixe, mesmo que mínimo)

Para libertar mesmo que a custo zero

  • Boulahrouz
  • Bojinov
  • Pranjic
  • Evaldo

Para usar como contrapartida para facilitar contratações ou, em último caso, libertar a custo zero, mantendo partes do passe

  • Nuno Reis
  • Renato Neto
  • Wilson Eduardo
  • Owusu

Na minha opinião, este seria um excelente arrumar de casa para uma temporada que se espera de verdadeira transição, prometendo, acima de tudo, um plantel mais competitivo, barato e com uma excelente margem de progressão e de ganhos financeiros futuros. Na verdade, tem de se começar rapidamente a mudança de paradigma e estou convicto que assim seria a forma mais acertada.

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