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Archive for Maio, 2015

Jardel beneficiou e muito da companhia de Luisão

Jardel beneficiou e muito da companhia de Luisão

Depois de ter sido muitas vezes injustiçado ao longo das pretéritas temporadas, Jardel vive agora momentos bem felizes no Estádio da Luz, sendo inegável que efectuou uma época bastante positiva no eixo defensivo encarnado, isto ao lado do capitão Luisão.

Inquestionável, ao mesmo tempo, é que nem esta temporada de Jardel foi tão boa como muitos especialistas e adeptos tentam “vender”, nem as anteriores foram tão caóticas como se defendia. O defesa-central brasileiro, afinal, continua com as mesmas qualidades e deficiências, tendo apenas evoluído e atingido uma maior fiabilidade nas suas exibições devido à maior regularidade com que foi utilizado, assim como ao importante facto de jogar ao lado daquele que é, de longe, o melhor jogador da Liga na sua posição.

Lembre-se que Luisão, ainda que esses tempos pareçam agora demasiado distantes, também não teve um início fácil no Benfica, demorando algum tempo até merecer o respeito e admiração que agora será mais ao menos unânime. Aliás, quem não se lembra dos pesadelos que o “Girafa” tinha sempre que defrontava o sportinguista Liedson?

Com o tempo, contudo, o internacional brasileiro foi ganhando melhor consciência dos seus defeitos e virtudes, minimizando os primeiros e maximizando os outros, algo que foi naturalmente fundamental para que se tornasse num defesa-central de elite.

Jardel, por outro lado, beneficiou esta época dessa experiência acumulada do Luisão e, tal como foi referi anteriormente, de finalmente ter sido uma aposta consistente. Não foi brilhante, tendo até algumas exibições fracas na Liga dos Campeões, mas, lá está, para a Liga Portuguesa serviu perfeitamente. Foi fiável e competente.

O problema, contudo, é que as análises em Portugal têm esse problema de não conseguirem ficar pelos meios-termos, parecendo que Jardel passou do 8 ao 80.

Aliás, no outro lado da segunda circular, ocorreu um cenário mais ao menos semelhante com Maurício, ainda que no sentido inverso, com o brasileiro a ser muito elogiado enquanto fez uma parceria com o bem mais experiente e dotado Marcos Rojo em 2013/14 e a passar a merecer inúmeras críticas quando passou a jogar preferencialmente ao lado de Naby Sarr, que, obviamente, não tinha a experiência, confiança e talento do argentino.

Na verdade, ao serviço da Lazio, onde fez 18 jogos oficiais, Maurício não conheceu nova evolução, apenas beneficiou de toda uma outra estabilidade táctica, em virtude de um esquema de jogo menos exigente para os defesas-centrais, assim como pelo facto de jogar ao lado do francês Ciani e, essencialmente, do holandês de Vrij.

Afinal, sem ter em conta factores como o esquema táctico utilizado, o jogador que actua ao seu lado, ou a regularidade com que o futebolista é aposta, é complicado analisar um qualquer defesa-central, podendo tudo redundar nos tais extremismos à portuguesa e na incapacidade de compreender que a progressão (ou regressão) de um qualquer atleta poderá não ser tão acentuada ou marcante como nos querem tentar impingir.

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Borré é uma das estrelas da selecção colombiana de sub-20

Borré é uma das estrelas da selecção colombiana de sub-20

Hoje inicia-se o Mundial de sub-20 e fará todo o sentido analisar alguns dos jogadores que poderão vir a brilhar na competição, começando pelo ponta de lança colombiano Rafael Santos Borré Maury, que vai evoluindo no Deportivo Cali do seu país natal.

Trata-se de um futebolista nascido a 15 de Setembro de 1995 em Barranquilla, Colômbia, e que é um produto das escolas do Deportivo Cali, clube que representa profissionalmente desde 2013.

Desde essa data, aliás, o internacional sub-20 colombiano tem conquistado uma importância crescente no seu clube, sendo que, no actual ano de 2015, já soma 11 golos em 14 jogos, estando a fazer excelente dupla com outro jogador igualmente analisado neste espaço: Harold Preciado.

Um goleador por excelência

Menos dotado tecnicamente do que Harold Preciado, Rafael Borré destaca-se acima de tudo pela sua suprema capacidade goleadora, sendo especialmente letal a finalizar de pé esquerdo e igualmente perigoso no jogo de cabeça.

Posicionalmente, o jovem de 19 anos também é muito inteligente, sabendo encontrar os espaços necessários para colocar-se no melhor local possível para finalizar.

Igualmente raçudo e trabalhador, ao bom estilo sul-americano, é então um jogador que merece atenção especial neste Campeonato do Mundo de sub-20, sendo de recordar que a Colômbia irá defrontar Portugal já na primeira fase, uma vez que ambas as selecções estão no Grupo C.

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Greaves era um prolífico goleador

Greaves era um prolífico goleador

Tal como sucedia com o germânico Gerd Müller, era um daqueles pontas de lança que valiam, acima de tudo, pelos golos que marcava, merecendo inclusivamente uma definição perfeita de Bill Nicholson: “Tudo o que ele fez esta tarde foi marcar aqueles quatro golos…” Aliás, é sintomático que tenha sido, na sua época, e com apenas 21 anos, o mais jovem futebolista a atingir os 100 golos na Liga, podendo ainda gabar-se de ter sido campeão do Mundo pela Inglaterra em 1966 e de ter participado num dos períodos mais gloriosos da história do Tottenham.

Explodiu no Chelsea

James Peter “Jimmy” Greaves nasceu a 20 de Fevereiro de 1940 em Essex, Inglaterra, tendo começado a sua carreira profissional no Chelsea, clube onde somou 132 golos em 169 jogos, isto entre 1957/58 e 1960/61.

Esse excelente desempenho no clube londrino, aliás, valeu-lhe o acesso à selecção inglesa e uma transferência para o AC Milan no Verão de 1961, ainda que Jimmy Greaves nunca se tenha adaptado verdadeiramente ao futebol italiano, abandonando os “rossoneri” após marcar “apenas” nove golos em 14 jogos.

Momentos de glória no Tottenham

Afinal, ainda a meio dessa temporada de 1961/62, Jimmy Greaves regressou a Inglaterra, mas para representar um grande rival do Chelsea, mais concretamente o Tottenham, clube no qual jogaria até 1969/70.

Nessa fase, aliás, contribuiu para uma época gloriosa dos “spurs”, somando 268 golos em 381 jogos e ajudando o emblema londrino a conquistar duas Taças de Inglaterra, uma Taça das Taças e duas Supertaças.

Campeão do Mundo pela Inglaterra

Nesse período em que se assumia como grande goleador do Tottenham, o ponta de lança viveu também momentos verdadeiramente épicos pela selecção inglesa, tendo ganho o Mundial 1966 e participado ainda no Mundial 1962 e no Euro 1968.

Ao todo, os seus números pela selecção dos “três leões” são mesmo impressionantes, uma vez que Jimmy Greaves somou 57 internacionalizações e apontou 44 golos, numa média de 0,77 golos/jogo.

West Ham e o declínio

Abandonando os “spurs a meio da temporada 1969/70, Jimmy Greaves rumou ao West Ham, onde na época e meia seguinte ainda haveria de somar 13 golos em 40 jogos.

Nessa fase, contudo, começou por perder a motivação para jogar futebol, acabando por retirar-se e enveredar pelo alcoolismo. Alguns anos mais tarde, ainda voltaria aos relvados, mas apenas em representação de clubes modestos como o Brentwood, Chelmsford City, Barnet e Woodford Town, e isto quando obviamente era apenas uma sombra do outrora grande goleador dos anos 60…


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Giovanni Augusto pode oferecer criatividade

Giovanni Augusto pode oferecer criatividade

Um dos futebolistas que é hoje apontado ao Sporting pelo jornal “A Bola” é o médio-ofensivo brasileiro Giovanni Augusto Oliveira Cardoso, jovem de 25 anos que tem contrato válido com o Atlético Mineiro e que podia assumir-se como um importante reforço para a equipa verde-e-branca.

Trata-se de um criativo nascido a 5 de Setembro de 1989 em Belém, Brasil, e que começou a sua carreira nas camadas jovens do Paysandu, ainda que cedo tenha chegado ao Atlético Mineiro, clube que representa profissionalmente desde 2010, somando um total de 32 jogos (um golo).

Essa baixa utilização, contudo, justifica-se pelo facto do médio-ofensivo acumular empréstimos ao longo deste período, tendo passado por emblemas como o Náutico, Grémio Barueri, Criciúma, ABC ou Figueirense, onde quase sempre foi encontrando o espaço que por vezes escasseava no Mineirão.

Talento é inegável

Falando pura e simplesmente de características físicas e técnicas, é inegável que estamos perante um médio-ofensivo de grande qualidade, uma vez que Giovanni Augusto é um jogador rápido e criativo, demonstrando ainda uma excelente visão de jogo e uma inegável capacidade de desequilíbrio.

Aliás, o brasileiro poderia ser mesmo um importante reforço para o Sporting, uma vez que se aproxima muito mais do conceito de “dez” puro do que alguns elementos que têm desempenhado essa função em Alvalade como André Martins ou João Mário.

Ainda assim, existe também a outra face da moeda, e que passa pelo facto de Giovanni Augusto, outrora uma das grandes promessas do futebol brasileiro, ter vivido alguns episódios de indisciplina ao longo da sua carreira. Essa situação, contudo, parece ter sido ultrapassada nos tempos mais recentes, algo que também poderá justificar este suposto interesse leonino.

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Iñíguez tem potencial para vingar na Europa

Iñíguez tem potencial para vingar na Europa

Com o cenário de potencial transferência de William Carvalho a ser novamente real para o próximo defeso, é natural que o Sporting esteja a abordar o mercado com vista a encontrar um médio-defensivo que se possa assumir como um potencial sucessor do internacional português.

Nesse seguimento, segundo alguma da imprensa desportiva lusa, um dos alvos referenciados pelos verde-e-brancos é Gaspar Emanuel Iñíguez, futebolista nascido a 26 de Março de 1994 em Buenos Aires, Argentina, e que representa desde sempre o Argentinos Juniors.

Ao todo, afinal, e desde que se estreou profissionalmente em 2011, Gaspar Iñíguez já soma 87 jogos e dois golos pelo clube da primeira divisão argentina, onde, aliás, o “seis” é uma das principais referências.

Completamente distinto de William Carvalho

Mesmo actuando na mesma posição de William Carvalho, a verdade é que Gaspar Iñíguez tem características bem diferentes do internacional português e que começam naturalmente pelo físico, uma vez que o argentino mede apenas 1,72 metros, algo que o torna naturalmente menos efectivo no jogo aéreo.

Iñíguez é, contudo, mais móvel do que o luso-angolano, o que, em teoria, lhe permitiria ocupar um espaço territorial mais amplo do que William Carvalho, algo que acaba por não suceder pelo facto do jogador do Sporting ter na inteligência posicional um dos seus pontos fortes.

Boa margem de progressão

O argentino de 21 anos, aliás, ainda está algo cru nesse aspecto posicional, onde precisa de alguma evolução, embore mostre potencial para uma acentuada evolução, uma vez que já apresenta inúmeras valências como a raça, pulmão e qualidade na recuperação defensiva e no desarme.

Depois, há ainda que realçar que Iñíguez apresenta qualidade no início do processo ofensivo, sabendo sair muito bem a jogar e apresentando boa qualidade de passe. Ou seja, bem trabalhado, e se nunca for visto como um William Carvalho 2.0, mas, ao invés, num outro tipo de trinco, o argentino terá potencial para vingar na Europa.

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AlcobaçaFoi nos primeiros anos da década de 80 que o Ginásio de Alcobaça haveria de conhecer os seus momentos mais áureos, com uma presença nas meias-finais da Taça de Portugal e a conquista da II Divisão Zona Centro, algo que lhe valeu a estadia, ainda que durante apenas uma temporada, na Primeira Divisão. Agora, perdido na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria, esses parecem tempos demasiado distantes para o Alcobaça, mas, obviamente, jamais passíveis de serem esquecidos por quem os viveu tão intensamente

36 anos à espera da elite

O Ginásio Clube de Alcobaça foi fundado a 1 de Junho de 1946, mas teve de esperar 36 anos até chegar à Primeira Divisão, feito que atingiu em 1982/83, isto no rescaldo de ter vencido a Segunda Divisão Zona Centro em 1981/82, após uma renhida luta com a Académica de Coimbra (na altura com a designação de Académico).

Nessa mesma época de 1981/82, contudo, a subida ao principal escalão esteve longe de ter sido o único feito do Ginásio de Alcobaça, uma vez que o emblema de Leiria também atingiu as meias-finais da Taça de Portugal, tendo caído apenas em Alvalade, diante de um Sporting (1-2) que, nessa temporada, fez a dobradinha.

Um onze do Alcobaça em 1982/83

Um onze do Alcobaça em 1982/83

Passagem fugaz na Primeira Divisão

Com o ex-Benfica Cavungi como uma das principais figuras, a participação do Alcobaça na Primeira Divisão acabou por ser fugaz, uma vez que o emblema leiriense acabou por descer imediatamente, fruto de ter terminado a competição na 16.ª e última posição com apenas 15 pontos, fruto de quatro vitórias (que só valiam dois pontos à época), sete empates e 19 derrotas.

Em 1983/84, ainda se aproximaram de nova subida à primeira divisão, uma vez que terminaram a Segunda Divisão Zona Centro na terceira posição, mas, após isso, o Alcobaça viria a entrar numa clara espiral descendente, acabando mesmo relegado à terceira divisão em 1985/86, quando foi penúltimo.

A partir daí, valha a verdade, o Alcobaça jamais conseguiria estar numa divisão acima do terceiro nível da pirâmide futebolística lusa, encontrando-se mesmo actualmente no quarto, uma vez que milita na primeira divisão distrital da Associação de Futebol de Leiria.

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Tozé Marreco merece clube com outra dimensão

Tozé Marreco merece clube com outra dimensão

Um dos melhores marcadores da Segunda Liga, ex aequo com o brasileiro Erivelto (Sp. Covilhã), foi o ponta de lança português: António José Marreco Gouveia, conhecido simplesmente por “Tozé Marreco“, futebolista cujos 23 golos foram fundamentais para o título e consequente subida ao principal escalão do Tondela.

Trata-se de um atleta nascido a 25 de Julho de 1987 em Miranda do Corvo e que passou pelas camadas jovens de emblemas como o Lousanense, União de Coimbra, Mirandense e Académica, tendo se estreado profissionalmente pelo Pampilhosa, em 2006/07.

Sucesso na segunda divisão holandesa

Mas se pouco actuou no modesto Pampilhosa, da então II Divisão B, esse cenário haveria de mudar completamente na temporada seguinte, quando Tozé Marreco rumou à segunda divisão holandesa e somou 17 golos em 38 jogos pelo Zwolle.

Num verdadeiro périplo pelo estrangeiro, o ponta de lança luso ainda haveria de representar o Alavés (Espanha), Lokomotiv Mezdra (Bulgária) e Servette (Suíça), sendo que no conjunto da segunda divisão helvética, em 2009/10, também haveria de mostrar capacidade goleadora, somando nove golos em 26 jogos.

Carreira quase sempre nos escalões inferiores

Em 2010/11, contudo, Tozé Marreco regressou a Portugal, iniciando um percurso por vários clubes da Segunda Liga, como o Desportivo das Aves, União da Madeira, Naval e Tondela.

Pelo meio, teve duas “oportunidades” na Primeira Liga, mais concretamente no Beira-Mar (2012/13) e Olhanense (2013/14), mas as aspas no termo “oportunidades” não foram colocadas por acaso, uma vez que o atacante poucos minutos somou em ambas essas aventuras.

Melhor época de sempre no Tondela

Ora, se as oportunidades escassearam sempre na Primeira Liga, o mesmo não se passava no escalão imediatamente inferior, onde acabou por viver em 2014/15 a sua melhor época de sempre.

Afinal, com a camisola do Tondela, onde já havia somado 11 golos em 2013/14, o ponta de lança de 27 anos haveria de viver uma verdadeira época de sonho na actual campanha, somando 25 golos em 51 jogos oficiais e sendo peça fundamental no título e consequente subida ao principal escalão luso.

Um goleador generoso

Tozé Marreco é um ponta de lança com um impressionante sentido de golo, sendo muito forte em termos de inteligência posicional e muito eficaz na hora de atirar à baliza, seja com o seu pé direito ou com a cabeça.

Bom tecnicamente, com apreciável capacidade de choque e muito efectivo a jogar de costas para a baliza, o ponta de lança tem capacidade para jogar sozinho ou acompanhado na frente de ataque, sendo que, apesar de ter sempre o golo na mente, também sabe combinar com os colegas e perceber quando uma assistência se apresenta como uma melhor solução, ao invés de uma finalização.

Neste momento, à beira dos 28 anos, dificilmente merecerá uma aposta de um clube grande português, até pela tal questão de mentalidade lusa que o próprio Tozé Marreco tão bem explanou com a célebre frase: “Se me chamasse Marrecovic sei bem onde estava”, mas não tenho quaisquer dúvidas que tem todas as condições para vingar como titular num clube de dimensão muito superior ao Tondela.

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Prediger passou a maioria do tempo no FC Porto apenas a treinar

Prediger passou a maioria do tempo no FC Porto apenas a treinar

Durante o “reinado” de Fernando como “seis” titularíssimo do FC Porto, foram muitos os médios-defensivos que a equipa azul-e-branco foi tentando recrutar para que se pudessem assumir como uma alternativa válida ao “Polvo”, isto também tendo em mente uma potencial sucessão futura do brasileiro. De entre essa lista, um dos mais rotundos “flops” foi Prediger, um internacional argentino que chegou ao Dragão rotulado de craque, mas que acabou por abandonar a Invicta sem sequer se estrear no campeonato nacional.

Explodiu no Colón

Leonardo Sebastián Prediger nasceu a 4 de Setembro de 1986 em Crespo, Argentina, e começou a sua carreira profissional no Colón, clube que representou entre 2004 e 2009, ainda que com empréstimos pelo meio ao modesto Atlético Uruguai e aos colombianos do Millonarios.

A sua verdadeira época de explosão, ainda assim, foi a de 2008/09, quando o médio-defensivo somou 33 jogos e dois golos pelo Colón, conseguindo, no rescaldo dessa temporada, o acesso à selecção argentina e uma transferência para o FC Porto.

Fracasso rotundo em Portugal

Chegando ao Dragão com algum cartel e sob algumas expectativas, a verdade é que o insucesso de Prediger no FC Porto foi total, com o argentino a limitar-se a fazer três jogos para as taças domésticas, não se estreando sequer no campeonato nacional.

Nesse seguimento, foi sem surpresa que acabou emprestado ao Boca Juniors, isto apenas seis meses depois de chegar ao FC Porto, numa aventura que também correu bastante mal ao “seis”.

De regresso ao ponto de partida

Perante duas experiências falhadas, Prediger haveria de voltar ao seu ponto de partida, leia-se, o Colón, tendo conseguido reencontrar-se com as boas exibições nesse emblema argentino, onde somou 101 jogos e seis golos entre 2009/10 e 2013/14.

O vínculo contratual com o FC Porto, esse, já havia expirado em 2012, sendo que o internacional argentino ainda haveria de tentar nova aventura internacional, mais concretamente no Baniyas, dos Emirados Árabes Unidos, onde somou seis jogos no ano passado.

Essa passagem pouco entusiasmante pela Arábia, ainda assim, acabou por não valer a Prediger permanência muito duradora, tendo o internacional argentino regressado ao seu país natal no mesmo ano, primeiro para representar o Estudiantes de La Plata e, desde 2015, o Belgrano.

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CFBVSCTerminado o campeonato nacional, as contas referentes aos clubes portugueses estão todas concluídas. O Sporting de Braga está automaticamente apurado para a fase de grupos, onde garantidamente será cabeça de série, enquanto que o Vitória de Guimarães e o Belenenses terão de ultrapassar duas pré-eliminatórias para fazerem companhia aos arsenalistas.

Ainda assim, se ambos terão de ultrapassar dois adversários para atingirem a fase de grupos da Liga Europa e o sempre apetecível prémio de 1,3 milhões de euros, a verdade é que a perspectiva de ambos é completamente diferente.

Afinal, os vimaranenses, com um coeficiente de 17.776 pontos, terão a garantia de serem cabeças de série na 3.ª pré-eliminatória e playoff, enquanto os azuis do Restelo, com um coeficiente de 12.276 pontos, apenas serão garantidamente cabeças de série na 3.ª pré-eliminatória, precisando de uma improvável conjugação de resultados nas eliminatórias anteriores para repetirem o feito na ronda seguinte.

Nesse seguimento, enquanto o Vitória de Guimarães terá como adversários potenciais no playoff equipas como o Sheriff (Moldávia), Zarja (Ucrânia), Asteras Tripolis (Grécia), Omónia de Nicósia (Chipre) ou Atromitos (Grécia), o Belenenses poderá ver-se obrigado a defrontar clubes como o Borussia Dortmund (Alemanha), Athletic de Bilbau (Espanha), AZ Alkmaar (Holanda), Dínamo de Moscovo (Rússia) ou Sampdória (Itália).

Assim sendo, será sempre necessário colocar as expectativas de sucesso destes dois clubes lusos em patamares completamente diferentes, devendo o Belenenses precisar de um verdadeiro momento de superação para chegar à fase de grupos da Liga Europa.

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Mazzola foi um futebolista adiantado no tempo

Mazzola foi um futebolista adiantado no tempo

Uma das vítimas do fatídico desastre de avião de Superga, que vitimou todo o plantel do Torino, foi Valentino Mazzola, talvez o primeiro “dez” de perfil moderno do futebol mundial, que aliava grande qualidade técnica, visão de jogo e boa finalização, a uma excelente capacidade física e a uma raça então pouco habitual para os jogadores daquela posição. Afinal, parecendo ter nascido muito antes do seu tempo, o pai do também mítico Sandro Mazzola ainda é visto, por muitos, como o melhor jogador italiano de todos os tempos.

Alfa Romeo e Veneza para começar

Valentino Mazzola nasceu a 26 de Janeiro de 1919 em Cassano D’Adda, Itália, e começou a sua carreira em 1936 no modesto Tresoldio, mudando-se dois anos depois para o Alfa Romeo da Série C, seduzido pelo facto desse emblema também lhe oferecer uma carreira nas fábricas da famosa marca de automóveis.

Em 1939, contudo, chegou à Série A pela mão do Veneza, clube onde nem começou por criar grande impacto, mas onde acabou por vingar, ajudando inclusivamente esse emblema de Veneto a conquistar uma Taça de Itália em 1940/41.

Sucesso gigantesco no Torino

Em 1942, ainda assim, Valentino Mazzola haveria de mudar-se para o mais emblemático Torino, clube que, para roubar o médio-ofensivo à arqui-rival Juventus (que tinha um acordo verbal com o Veneza), teve de pagar 200 mil liras e oferecer dois jogadores ao conjunto de Veneto.

O investimento, ainda assim, não podia ter sido mais acertado, uma vez que Valentino Mazzolla, entre 1942 e 49, somou 97 golos em 170 jogos pelo “Toro”, contribuindo para a conquista de cinco campeonatos da Série A e uma Taça de Itália.

Desastre de Superga encurtou-lhe a carreira e a vida

Esses números e títulos, contudo, podiam ter sido ainda mais valiosos para Valentino Mazzola, isto se o internacional italiano (12 jogos, quatro golos) não tivesse falecido a 4 de Maio de 1949, na sequência do desastre de Superga, quando o avião que transportava todo o plantel do Torino, que vinha de defrontar o Benfica num particular em Lisboa, embateu na basílica de Superga, e matou todos os passageiros.

Para além disso, o craque transalpino, ao nível da Squadra Azzurra, também se pode queixar do facto da Segunda Guerra Mundial ter impedido a realização dos Campeonatos do Mundo de 1942 e 46, provas onde a Itália e Valentino Mazzola prometiam deixar a sua marca.

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