Torres foi decisivo na vitória "red"
Premier League é um campeonato de emoções, normalmente fortes, e esta época não é excepção. No passado fim-de-semana, com algumas surpresas, eis que na frente está novamente tudo mais equilibrado, podendo-se mesmo dizer que neste momento existem 4 legítimos candidatos ao título. Mas vamos por partes.
Na terra dos Beatles, o Liverpool jogava em casa e recebia o todo poderoso Chelsea. No preâmbulo para esta partida, tendo em conta o arranque e o momento das duas equipas, tudo apontava para uma vitória mais ou menos fácil dos homens de Ancelotti. Mas estes jogos são sempre diferentes e com Torres em forma tudo se tornou mais complicado para os visitantes. Com Drogba no banco as iniciativas atacantes pertenceram em exclusivo aos Scousers, com um fulgor que pareciam ter perdido no inicio da época. Numa equipa arrumada e muito combativa, não demorou muito para o atacante espanhol abrir o marcador, 11 minutos de jogo 1-0.
Os da casa não abrandaram o ritmo, tinham fome de bola e vontade de apagar a má imagem que até há pouco tempo mostravam. Com a posse de bola dividida quase por igual a diferença estava na eficácia, os de vermelho pareciam mais esclarecidos e acutilantes. Quase a fechar a primeira parte, com Raúl Meireles na jogada, Torres fechou o resultado com um golo de belo efeito. Na segunda parte, inevitavelmente, entrou Drogba, o Chelsea cresceu e o Liverpool apostou na defesa do resultado. As chances para os de azul surgiram mas não na quantidade desejada e muito menos com a eficácia pretendida. Reina, com um par de boas defesas, ajudado por toda a equipa manteve o 2-0. O Liverpool arrecadou os preciosos 3 pontos e relançou o campeonato.
Tim Krul parece nome de herói de ficção, mas no Emirates Stadium foi o nome do herói do Newcastle. Com o Arsenal a tentar pressionar o Chelsea na frente da tabela, com as previsões de 1/11 para a vitória dos visitantes e após a vitória dos Gunners em St. James Park, duas semanas antes para a Carling Cup, por 0-4, ninguém previa o que se iria passar. Ou melhor, tal como esperado o Arsenal dominou, muito, criou inúmeras oportunidades e, por falta de sorte e por obra de Krul, não marcou. Os Magpies, que regressaram esta época à liga principal, estão a causar sensação e o actual quinto lugar demonstra isso mesmo. Com um golo solitário e muito esforço protagonizaram a grande surpresa da jornada.
Em Old Trafford, entre lesões e crises pessoais, o Manchester United ainda não encontrou a sua melhor forma. Num jogo renhido, com uma equipa de meio de tabela (Wolverampton), a sorte acabou por sorrir a Ji-Sung Park por duas vezes e o Manchester cumpriu com o seu objectivo, ganhar. Bebé começa a ganhar algum espaço na equipa de Sir Alex Ferguson, precisamente pelas indefinições e lesões, e tem dado boa conta de si. Ainda não é uma estrela e poderá, eu diria até que de certeza, voltar a perder protagonismo pois ainda tem muito que aprender e evoluir, mas é sempre digno de nota. Quanto ao jogo, os da casa tiveram um ligeiro domínio mas só mesmo nos últimos segundos se confirmou o triunfo com o segundo golo que desfez o empate. Resultado final 2-1. O Manchester United continua assim na corrida e apenas a 2 pontos do Chelsea.
No Manchester City a pressão sobre o treinador, Roberto Mancini, começa a fazer-se sentir. Com uma série de maus resultados e a ver os lugares cimeiros a fugir, os Citizens viam-se obrigados a vencer. Numa equipa de estrelas, Balotelli, também ele uma jovem estrela, foi a figura do jogo, pelo melhor e pelo pior. Começou por dar a vantagem de dois golos que fixou o resultado final. Jogou bem embora ainda a demonstrar que é novo na equipa e sem rotina de jogo após lesão, mas ainda assim um belíssimo jogador. Depois, demonstrou mais uma vez que continua controverso e imaturo ao agredir um adversário e ser expulso. A vantagem estava contudo ganha e os da casa, West Bromwich, foram incapazes de dar a volta ao resultado.
Último destaque para o Tottenham, a equipa que na semana passada vulgarizou e venceu brilhantemente os campeões europeus em título, foi incapaz de vencer em Bolton. O resultado, 4-2, espelha um jogo competitivo e com espectáculo. Os da casa estão em boa forma esta época e chegaram mesmo aos 3-0, isto a 15 minutos do final da partida. Um melhor acerto dos Spurs neste último período, valeu-lhes 2 golos, mas mesmo a terminar seria novamente o Bolton a aumentar a vantagem e fixar o resultado. O marcador não espelha o que se passou, verdade que o Bolton dominou mas o Tottenham também esteve muito bem, apenas a falta de sorte e de inspiração os deixou sem marcar durante 79 minutos. Estas duas equipas ocupam a metade superior da tabela com os mesmos pontos.
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