Considerado, sem margem para qualquer dúvida, num dos melhores jogadores de sempre da ex-Jugoslávia, Dragan Dzajic foi um ala-esquerdo de grande técnica e qualidade individual, conhecido pelos seus magníficos cruzamentos, fantásticos passes e boa capacidade finalizadora. Autêntico mágico com a bola nos pés, o ex-jogador do Estrela Vermelha apenas não atingiu maior destaque no mundo do futebol, pois jogou a maior parte da sua carreira (tirando dois anos no Bastia) no pouco mediático campeonato jugoslavo. Ainda assim, há quem o recorde e, quem se lembra dele, sabe que foi um dos melhores jogadores a pisar os relvados do futebol mundial.
Nascido a 30 de Maio de 1946 em Ub, na Sérvia, Dragan Dzajic só conheceu um clube em toda a sua carreira interna (Estrela Vermelha).
No gigante de Belgrado, o ala-esquerdo esteve entre 1961 e 1975 e, depois, entre 1977 e 1978, efectuando um total de 615 jogos e 292 golos. Campeão nacional por cinco vezes e vencedor da Taça da Jugoslávia por quatro ocasiões, Dzajic conquistou a medalha de melhor atleta jugoslavo de todos os desportos em 1969 e é um dos únicos cinco atletas a receberem o “Zvezdina zvezda”, ou seja, a estrela do Estrela Vermelha, prémio dado aos jogadores que conseguiram criar um grande impacto no clube sérvio.
Para além de ter actuado grande parte da sua carreira no Estrela Vermelha, Dragan Dzajic também actuou duas temporadas (1975/76 e 1976/77) no Bastia, onde também brilhou e, apesar de não ter conquistado qualquer título, atingiu números impressionantes, pois fez 31 golos em 56 jogos.
Internacional jugoslavo por 86 ocasiões (23 golos), teve o seu jogo mais emblemático na meia-final do Euro 68, quando, diante da Inglaterra, fez um chapéu sobre Gordon Banks, que garantiu a vitória aos jugoslavos por 1-0 e a ida à final, que haveriam de perder (0-2) diante da Itália, no jogo de desempate.
Sobre ele, Pelé disse um dia tratar-se de um “Milagre dos Balcâs – um verdadeiro feiticeiro”, adiantando que tinha pena que ele não fosse brasileiro, pois nunca havia visto tanto talento natural num futebolista. Um grande elogio do “Rei” a um jogador que pelo que fazia com o seu mágico pé esquerdo merecia, sem dúvida, um muito maior destaque do mundo do futebol.
pena q nao temos o jogo do mundialito contra colombia ou venezuela pois nunca vi ate hoje um ala esquerdo como este
Dragan Dzajic esteve com a seleção da exJoguslavia em 1971 no Brasil ,na disputa da Copa Independência vencida pelo Brasil.(Brasil 1X 0 Portugal na final).A Ioguslávia venceu a Argentina (Joguslávia 4X2 Argentina) e ficou em Terceiro lugar no Torneio. Observei Dzajik em algumas reportagens de jogos do Torneio e, no jogo com a Argentina,( se não me falha a memória) preliminar da decisão,assisti a maior exibição de minha vida de um ponta esquerda.Devo dizer que assisti Zagalo, Edu, Julio César(Uri Geller),Edu, João Paulo, Mario Sergio, Gento, Gigi Riva, Bob Charlton, Libuda e muitos outros.Pelé expressou um merecido elogio a Dragan Dzajic.Obs:Não assisti Canhoteiro.