Quando se recordam os melhores jogadores da história do futebol português, fala-se naturalmente dos célebres “cinco violinos” do Sporting, ainda que mais do goleador Fernando Peyroteo, deixando José Travassos numa posição menos cintilante. Certo, de qualquer maneira, é que este interior-direito lisboeta brilhou tanto quanto o angolano, tendo inclusivamente sido o primeiro jogador luso a ser convocado para uma selecção europeia, algo que lhe valeria uma alcunha para a eternidade: “Zé da Europa”.
Começou na CUF
José António Barreto Travassos nasceu a 22 de Fevereiro de 1926 em Lisboa e começou a sua carreira na CUF, ainda que rapidamente se tenha mudado para o Sporting, clube que representou entre 1946 e 1959.
Durante esse longo percurso, somou 457 jogos oficiais pelos verde-e-brancos, tendo apontado 172 golos, sendo de destacar os inúmeros títulos conquistados, nomeadamente oito campeonatos nacionais e duas taças de Portugal.
O “Zé da Europa”
Interior-direito de grandes recursos técnicos e excelente capacidade criadora e finalizadora, José Travassos mereceu, na sua época, o reconhecimento nacional e internacional, sendo que um jornalista inglês foi mesmo peremptório em afirmar que “Portugal não figura entre os seis primeiros países da Europa do futebol, mas possui um interior-direito que vale 50 mil libras”. Uma fortuna na época.
Perante esse reconhecimento internacional, o futebolista do Sporting foi mesmo o primeiro português a figurar numa selecção europeia, tendo participado num amigável em Belfast, a 13 de Agosto de 1955, onde a tal selecção do Velho Continente superou a Inglaterra por 4-1. Por isso, será para sempre o “Zé da Europa”.
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